"Proposta da Comissão Europeia para proibir o uso de petróleo russo na Hungria foi derrotada", diz Viktor Orbán.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, congratulou-se esta terça-feira com o resultado das negociações sobre o embargo ao petróleo russo na cimeira de Bruxelas, ao conseguir a exceção que pretendia para o seu país.
A "proposta da Comissão Europeia para proibir o uso de petróleo russo na Hungria foi derrotada", disse o primeiro-ministro nacionalista numa declaração em vídeo no Facebook.
"As famílias podem dormir bem esta noite, pois a ideia escandalosa foi evitada", afirmou Orbán.
Para conseguirem um acordo no sexto pacote de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, que inclui um embargo que irá reduzir em cerca de 90% as importações de petróleo da Rússia pelo bloco comunitário até ao final do ano, os lideres europeus cederam às exigências do primeiro-ministro húngaro, permitindo que a Hungria, além da Eslováquia e da República Checa, continue a comprar o crude russo que lhe chega através do oleoduto de Druzhba.
Também a Bulgária vai poder continuar a importar petróleo russo até ao final de 2024, para ter tempo de ajustar a única refinaria do país a fornecimentos de outras origens, anunciou hoje o primeiro-ministro búlgaro em Bruxelas.
"A Bulgária terá um parágrafo separado no acordo final, com uma exceção para nós até ao final de 2024", disse Kiril Petkov, que participou no Conselho Europeu extraordinário que aprovou o sexto pacote de sanções contra a Rússia por ter invadido a Ucrânia.
Os líderes da UE concluíram, na segunda-feira, quatro semanas de negociações para impor um embargo parcial às importações de petróleo russo.
O pacote de sanções tinha sido adiado pela forte oposição de Orbán - amplamente visto como o aliado mais próximo do Kremlin dentro da UE --- que ameaçou frustrar os esforços do bloco para punir Moscovo.
O acordo permitiu uma isenção temporária das importações entregues através do oleoduto russo de Druzhba, algo que Orbán apontou como uma vitória para os interesses húngaros sobre o que retratou como recomendações potencialmente desastrosas da UE.
A Hungria, que importa da Rússia cerca de 65% do seu petróleo e 85% do seu gás, é o único membro da UE a recusar a ajuda militar e proibiu o envio de armas letais para a Ucrânia através das suas fronteiras.
Juntamente com a Hungria, tanto a República Checa e a Eslováquia pediram isenções do embargo da UE.
A Eslováquia obtém cerca de 97% do seu petróleo da Rússia através do oleoduto de Druzhba, e argumentou que a principal refinadora do país, a Slovnaft, precisa de ser reconvertida para poder processar qualquer outro tipo de petróleo que não o crude russo, um processo que pode demorar anos.
Orbán tem retratado o debate sobre o embargo petrolífero como uma luta para defender o poder de compra dos húngaros, especialmente porque diz respeito aos custos de fornecimento de energia à população, que têm sido subsidiados desde 2013 como uma política emblemática do seu governo.
"A notícia mais importante é que defendemos a redução dos custos dos serviços públicos", disse hoje Orbán após o final da cimeira da UE, na terça-feira.
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