A edição de hoje
Proposta terá sido feita durante uma reunião com Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, no início deste mês.
Vladimir Putin propôs interromper a invasão da Ucrânia como parte dos esforços para chegar a um acordo de paz com o presidente dos EUA, Donald Trump, avança o Financial Times. A proposta terá sido feita durante uma reunião com Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, em São Petersburgo no início deste mês.
Putin terá sugerido que Moscovo poderia abrir mão das suas reivindicações sobre áreas de quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas que ainda estão sob o controlo de Kiev. Em contrapartida, os EUA terão sugerido reconhecer formalmente a anexação da Crimeia pela Rússia.
A proposta é vista como um movimento significativo nos esforços para alcançar um acordo de paz. É também o primeiro sinal de que Putin pode estar disposto a recuar nas suas exigências.
A notícia surgiu pouco depois de Volodymyr Zelensky ter dito que a Ucrânia está pronta para negociar com a Rússia desde que seja estabelecido um acordo de cessar-fogo, durante as conversações.
“Estamos dispostos a registar que, após um cessar-fogo, estamos dispostos a sentar-nos em qualquer formato, para que não haja becos sem saída”, revelou o Presidente ucraniano. “Não será possível chegar a um acordo sobre tudo rapidamente”, alertou Zelensky referindo-se a questões complexas relacionadas com território, garantias de segurança e a adesão da Ucrânia à NATO.
Zelensky admitiu aos jornalistas que gostaria de se encontrar com Donald Trump, ainda esta semana, no funeral do Papa Francisco no Vaticano.
Recorde-se que Vladimir Putin disse, na segunda-feira, que está pronto para discutir a suspensão de ataques contra civis. “Tudo merece ser estudado cuidadosamente. Talvez de forma bilateral, com diálogo. Não excluímos isso. Iremos analisar a questão e tomar as decisões apropriadas”, afirmou o presidente russo.
O porta-voz do Kremlin reiterou a vontade do líder russo e garantiu que Putin admite considerar uma proposta de Zelensky de prolongamento da trégua de Páscoa por mais 30 dias e assim suspender os ataques de ambos os lados às infraestruturas civis. No entanto, Dmitry Peskov disse que para já não há planos concretos para negociações com Kiev e que será necessário especificar claramente quando as infraestruturas são consideradas, ou não, um alvo militar.
Putin acusou as forças ucranianas de ocuparem frequentemente posições em instalações civis, o que as torna em alvos militares.
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