"A melhor forma de contribuirmos para aliviar as mortes e a destruição, não é mandar jovens dos vários exércitos do mundo para aquela guerra que nunca devia ter começado", refere.
O secretário-geral do PCP considerou esta terça-feira que o Presidente francês, Emmanuel Macron, teve uma "declaração infeliz" ao admitir um possível envio de tropas europeias para a guerra na Ucrânia, reiterando a urgência de avançar para a paz.
"Acho que é uma declaração infeliz de Macron, numa altura em que aquilo que se exige é o que está à vista de toda a gente: acabar com a guerra. Uma guerra que nunca devia ter começado. E a melhor forma de contribuirmos para aliviar as mortes e a destruição, em particular dos jovens ucranianos, não é mandar jovens dos vários exércitos do mundo para aquela guerra que nunca devia ter começado", observou.
Em declarações aos jornalistas antes de um jantar-comício da CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e PEV), em Almada, o líder comunista mostrou-se, por outro lado, satisfeito que essa possibilidade tenha entretanto sido afastada por diversos países.
"Isso foi uma coisa rechaçada por um conjunto de líderes europeus, inclusive pelo primeiro-ministro português -- e bem. Não me parece que seja uma alternativa adequada, bem pelo contrário. Pergunte aos pais e às mães deste país se querem ver os seus filhos irem para uma guerra que nunca devia ter começado e que aquilo que se coloca agora é abrir caminhos para a paz negociada, que é aquilo que é fundamental se pôr neste momento", adiantou.
Aludindo também aos 50 anos do 25 de Abril que se aproximam, Paulo Raimundo lembrou que a revolução de 1974 acabou com a guerra colonial e que agora esta data não pode ser associada a um outro conflito, como o da Ucrânia.
"Não queremos voltar a esse sofrimento que ainda está naqueles todos que participaram na guerra, em particular os ex-combatentes, que, certamente, são os últimos que querem ouvir falar de uma guerra e de novas mortes numa guerra que nunca devia ter começado", salientou.
Confrontado com a posição expressa pela líder do PAN, Inês Sousa Real, que hoje defendeu numa iniciativa eleitoral que o PCP teria de ter uma posição diferente em relação à guerra na Ucrânia, o líder comunista confessou não perceber a observação. "Se há coisa que nós temos bem claro é a nossa posição, de sempre. O que precisamos agora é de solução política para o conflito", vincou.
Já em relação ao compromisso da União Europeia em torno do aumento do investimento da defesa para 2% dos orçamentos nacionais, o secretário-geral do PCP não se pronunciou diretamente, ao insistir novamente no investimento na construção de uma solução para o fim do conflito em solo ucraniano e não em armamento que possa levar a uma escalada da guerra.
"Todo o apoio humanitário para a reconstrução e para os refugiados é não só importante, como fundamental. Tudo o que é apoio para a continuação da guerra e para o aumento da escalada da guerra, não contem com o PCP. Não nos arrastam para o caminho da guerra. Nem hoje, nem há dois anos, nem há 10 anos, que é o tempo que esta guerra infelizmente já dura", finalizou".
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