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UE desembolsa primeira parcela de três mil milhões de euros de nova ajuda macrofinanceira à Ucrânia

Durante o ano de 2023 serão disponibilizados um total de 18 mil milhões de euros.

17 de janeiro de 2023 às 12:07

A União Europeia (UE) desembolsou esta terça-feira a primeira parcela de três mil milhões de euros no âmbito do novo programa de assistência macrofinanceira (AMF+) à Ucrânia, num total de 18 mil milhões de euros para este ano.

O AMF+ entrou em vigor em meados de dezembro último, na sequência de uma decisão do Conselho Europeu de 20 e 21 de outubro de 2020, tendo recebido luz verde do Parlamento Europeu.

O montante de 18 mil milhões de euros a emprestar à Ucrânia - verba que será entregue a Kiev em prestações mensais de 1,5 mil ME - terá um período de carência de dez anos.

Num discurso em Davos, onde se reúne o Fórum Económico Mundial, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salientou que a UE continuará a apoiar a Ucrânia "durante o tempo que for preciso".

"O nosso apoio inabalável à Ucrânia não irá abrandar. Quer esteja a ajudar a restaurar o fornecimento de eletricidade, calor e água, ou a preparar-se para os esforços de reconstrução a longo prazo", referiu.

O objetivo é prestar ajuda financeira a curto prazo, financiar as necessidades imediatas da Ucrânia, reabilitar as infraestruturas críticas e prestar apoio inicial à reconstrução sustentável do pós-guerra, com vista a apoiar a Ucrânia na via da integração europeia.

A guerra lançada contra a Ucrânia pela Rússia provocou uma perda de acesso ao mercado e uma queda drástica das receitas públicas daquele país, enquanto a despesa pública para fazer face à situação humanitária e manter a continuidade dos serviços estatais aumentou acentuadamente.

Entre 2014 e 2022, a UE emprestou 7,2 mil milhões de euros a Kiev, sob a forma de ajuda macrofinanceira.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7031 civis mortos e 11327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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