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"Vamos impor tarifas muitos pesadas se ele não acabar com a guerra dentro de 50 dias": Trump faz ultimato a Putin

Presidente dos EUA anunciou acordo com a NATO para enviar armamento para a Ucrânia, incluindo baterias antimísseis Patriot, mísseis e munições de artilharia.

15 de julho de 2025 às 01:30

Donald Trump ameaçou esta segunda-feira impor tarifas alfandegárias de 100% à Rússia e a todos os países que a apoiam se Vladimir Putin não acabar com a guerra na Ucrânia no prazo de 50 dias, ao mesmo tempo que anunciava um plano conjunto com a NATO para fornecer “quantidades maciças” de armas e munições a Kiev.

“Estamos muito, muito descontentes com a Rússia. Pensei que tínhamos um acordo há dois meses, mas as coisas não vão a lado nenhum e ainda estamos a falar. Esta guerra tem de acabar”, afirmou o Presidente dos EUA durante um encontro na Casa Branca com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, durante o qual não escondeu a sua frustração com o Presidente russo. “É tudo conversa... As minhas conversas com Putin são sempre muito agradáveis. Chego a casa e digo à primeira-dama que falei com o Vladimir e que tivemos uma conversa maravilhosa. E ela responde que eles acabaram de bombardear outra cidade”, queixou-se Trump, afirmando que o líder russo tem de entender que os Estados Unidos falam a sério quando dizem que é preciso acabar com a guerra.

“Por isso, vamos impor tarifas muitos pesadas se ele não acabar com a guerra dentro de 50 dias. Serão tarifas de 100%, tarifas secundárias”, explicou, referindo-se a tarifas que serão impostas não apenas à Rússia, mas a todos os países - como a China e a Índia - que comprarem produtos a Moscovo, nomeadamente petróleo, que tem sido a grande fonte de financiamento do esforço de guerra russo. Além de privar Putin dessa importante fonte de receitas, Trump acredita que esta medida ajudará a isolar ainda mais a Rússia do ponto de vista económico.

O Presidente norte-americano e o líder da NATO anunciaram ainda um acordo para fornecer “todo o armamento que a Ucrânia precisa” para se defender da Rússia, incluindo baterias antimísseis Patriot, cruciais para defender as cidades ucranianas dos constantes ataques de mísseis e drones russos. Ao abrigo do acordo, no valor de “biliões e biliões de dólares”, os países da NATO irão comprar o equipamento militar aos EUA para depois o entregarem à Ucrânia. Esta fórmula permitirá também que alguns países europeus possam transferir imediatamente armas e munições dos seus arsenais para Kiev, os quais depois serão repostos com o armamento adquirido aos EUA. “A velocidade é essencial”, disse Mark Rutte, que aconselhou Putin a “reconsiderar”. “Se eu fosse Putin, ia olhar para o que se passou aqui hoje, para estes anúncios, e iria reconsiderar se não deveria levar as negociações de paz mais a sério”, sublinhou.

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