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Odair Moniz
Atualizado a 17 de dezembro de 2025 às 12:33

Elemento da equipa de reforço da PSP não vislumbrou "qualquer objeto" no chão ao chegar ao local onde morreu Odair

O que sabemos até agora:

- Decorre esta quarta-feira, no Tribunal de Sintra, a quarta sessão de julgamento do caso da morte de Odair Moniz, de 43 anos, no Bairro da Cova da Moura, Amadora. Serão ouvidas várias estemunhas;
- Na terceira sessão, três moradores do bairro da Cova da Moura garantiram não ter visto Odair Moniz munido de uma faca, contradizendo a versão da polícia;
- Bruno Pinto, o agente da PSP suspeito de matar Odair Moniz, já foi ouvido;
- O caso remonta a 21 de outubro de 2024, depois de Odair ter tentado fugir à PSP, de acordo com o despacho;
- Bruno Pinto, de 28 anos, alegou ter temido pela vida para justificar os disparos, mas a fita do tempo reconstituída com recurso a imagens videovigilância e gravações de moradores reforçam dúvidas sobre a circunstância em torno dos disparos da polícia;
- As imagens recolhidas mostram outro agente a mexer nos bolsos da vítima, mais de 20 minutos depois dos disparos que atingiram Odair, momento em que surgem as primeiras imagens do punhal, que, segundo o auto da PSP, originou os disparos fatais;
-Odair foi atingido com dois tiros, no tórax e na zona da virilha;
-O agente da PSP, Bruno Pinto, está acusado de homicídio e incorre numa pena de oito a 16 anos de prisão;
Hoje às 12h32

Elemento da equipa de reforço da PSP não vislumbrou "qualquer objeto" no chão ao chegar ao local onde morreu Odair

Começa a ser ouvida a quinta testemunha, Rodrigo Raposo Chalim, elemento da primeira equipa de reforço da PSP a chegar ao local . Rodrigo disse conhecer o agente da PSP Bruno Pinto.

“Estava a fazer patrulhamento por volta das 04h00. Estava a cerca de 30 segundos do local da ocorrência… recebi uma chamada em tom de aflição e deu para perceber que era algo importante”.

“Ao ver as luzes, voltei atrás e ao entrar foi percetível dois disparos e desloquei-me o mais rápido possível”, continua. Rodrigo Chalim admitiu em tribunal ter visto dois "colegas de pé e um cidadão deitado no chão". Disse ainda que viu "colegas que estavam bem e pessoas a descer a rua principal".

A testemunha disse ter questionado na altura se os meios de emergência médica já tinham sido chamados ao que lhe responderam que "não" e, posteriormente, uma colega chamou. Foi estabelecido perímetro na parte de cima da rua e noutras artérias.

Sobre o objeto no chão, Rodrigo disse não "ter noção": “Não vislumbrei qualquer objeto, estava atento aos cidadãos a descer a rua principal”.

Hoje às 12h02

Quarta testemunha garante que não viu ninguém a reanimar Odair Moniz antes do INEM chegar

Paulo Jorge é a quarta testemunha a ser ouvida em tribunal, esta quarta-feira.

“Estava a dormir, ouvi dois tiros”, disse Paulo. A testemunha relata ter ouvido uma pessoa a chorar e, por isso, levantou os estores. Foi aí que viu Odair no chão.

Segundo Paulo, estavam dois polícias no local. A testemunha não reparou se havia algum objeto no chão ou se viu alguma bolsa. "Só vi Odair no chão", afirmou.

Entre os disparos e o tempo de ir ver o que estava a acontecer passaram cerca de 10 minutos, segundo Paulo Jorge.

Ao contrário da terceira testemunha, Paulo garante que não viu ninguém a reanimar Odair, só quando o INEM chegou.

Hoje às 11h52

Terceira testemunha viu polícia a tentar socorrer Odair Moniz

A terceira testemunha, Maria da Luz Pereira, também relatou ter ouvido "o embate de um carro" e foi ver o que se passava. De seguida, ouviu disparos e alguém a chorar, pelo que decidiu sair de casa.

"Foi quando vi o senhor no chão", declarou Maria da Luz. Segundo a testemunha, só estavam dois polícias junto ao corpo, um dos quais perguntava - "no abdómen?" - enquanto tentava socorrer Odair.

Hoje às 11h48

Segunda testemunha garante que não viu "nenhum objeto próximo" do corpo de Odair Moniz

Uma segunda testemunha começa a ser ouvida.

A mulher ouviu dois disparos e pensou que havia uma confusão na rua. A testemunha saiu de casa, quando ouviu alguém dizer: "já o mataram".

A testemunha garante que viu o corpo de Odair, mas não viu "nenhum objeto próximo" da vítima. A mulher viu dois polícias ao lado de Odair.

Hoje às 10h36

Testemunha garante que ouviu um agente da PSP a questionar as ações contra Odair Moniz

Uma das testemunhas recordou a noite. O morador do bairro da Cova da Moura estava em casa quando foi surpreendido por um estrondo e, ao verificar o que se passava, identificou o aparato policial. 

“O barulho que me acordou foi do embate”, explicou a testemunha.

O cozinheiro cabo-verdiano afirma que ouviu dois disparos e só avançou quando Odair já estava no chão. A testemunha garante que ouviu um dos agentes a questionar se fazia sentido fazer aquilo.

"Não consegui ver o que tinham na mão", disse a testemunha realçando que estava escuro. 

O morador disse que ouviu gritos de "umas senhoras, uma era a mãe", que gritou: "já mataram, já mataram". “Ouvi dois disparos… Houve mais disparos, porque os polícias quando chegaram dispararam para cima”, relatou o cozinheiro.

O advogado da família de Odair diz que há uma "manifesta contradição com as declarações que [a testemunha] deu na Polícia Judiciária”.

O agente Bruno Pinto está a assistir à sessão.

Hoje às 09h40

Começa a sessão

Publicada originalmente a 17 de dezembro de 2025 às 10:36

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