No primeiro dia do mandato na liderança do Conselho Europeu, o antigo primeiro-ministro visitou a Ucrânia ª GUERRA A deslocação aconteceu após dias de intensos ataques russos
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António Costa, eleito presidente do Conselho Europeu, deslocou-se no primeiro dia de mandato à Ucrânia, país marcado pelo conflito mais sangrento na Europa desde a II Guerra Mundial. Ao lado do antigo primeiro-ministro português, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vincou a necessidade de o país integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). “O convite à Ucrânia para aderir à NATO é necessário para a nossa sobrevivência”, referiu. Por sua vez, António Costa salientou que “a soberania ucraniana, a integridade do seu território e as suas fronteiras têm de ser respeitadas”.
António Costa deslocou-se a Kiev, após dias de intensos ataques russos contra infraestruturas energéticas críticas do país. A comitiva integrava ainda a alta-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, e a comissária europeia do Alargamento, Marta Kos, que, tal como António Costa, iniciaram no domingo funções no executivo comunitário. Kallas sublinhou que para a Ucrânia a “garantia de segurança mais forte é a adesão à NATO”. “Se nos sentássemos e disséssemos: ‘Muito bem, tomem os territórios que conquistaram’, isso apenas encorajaria o agressor. Não só Putin, mas o que vemos é que, além disso, a China está envolvida, (...) assim como a Coreia do Norte e o Irão, e que estão a trabalhar em conjunto, pelo que esta é uma questão de segurança”, acrescentou Kaja Kallas.
O mandato de António Costa estende-se até 31 de maio de 2027. O ex-primeiro-ministro português pretende tornar a instituição mais eficaz e promover a unidade europeia.
É o primeiro português e o primeiro socialista à frente da instituição. António Costa, que fez parte do Conselho Europeu em representação de Portugal durante oito anos (período em que foi chefe de dois Governos socialistas), conhece já alguns dos líderes da UE, mas pretende, no seu mandato de dois anos e meio, encontrar pontos de convergência para compromissos entre os 27 e a Ucrânia.
Despesa militar recorde na Rússia
O Presidente russo, Vladimir Putin, vai gastar nos próximos três anos um valor recorde em termos de despesa militar, com o objetivo de derrotar a Ucrânia na guerra em que ocupa cerca de 20% do território deste país. No próximo ano, a despesa atinge os 137 mil milhões de euros, o que representa cerca de 33% de todo o Orçamento do país e que se traduz numa subida dos gastos militares face aos 28% de despesa militar verificados este ano. O anúncio do reforço do poder militar de Moscovo ocorreu no mesmo dia em que o presidente do Conselho Europeu, António Costa, reforçou em Kiev o apoio à Ucrânia. O ex-primeiro-ministro anunciou ter convidado Zelensky a participar na sua primeira cimeira europeia, marcada para 19 de dezembro em Bruxelas. Avançou ainda que espera uma integração gradual da Ucrânia na UE, começando no próximo ano com a interligação no ‘roaming’ e em certas partes do mercado interno. No encontro, Zelensky lembrou que a Ucrânia “está a combater sozinha” para proteger a UE e pediu mais sanções contra a Rússia.
Restauração da Independência
"Estar aqui na Ucrânia, neste dia em particular, tem um significado muito especial. No 1.º de Dezembro, desde há quase 400 anos e todos os anos, o meu país celebra o Dia da Independência: a nossa soberania nacional, o nosso direito à autodeterminação”, disse António Costa.
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