Ascensor descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 22 feridos.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) adiou desta sexta-feira para sábado a divulgação da nota informativa sobre as constatações iniciais ao acidente com o elevador da Glória, em Lisboa.
"Atendendo a que, como é do conhecimento público, a remoção dos veículos e destroços envolvidos no acidente se prolongou por toda a noite e madrugada e que o GPIAAF teve também a necessidade de acompanhar, esta tarde, diligências adicionais promovidas pelo Ministério Público, que terminaram há pouco, não é possível proceder hoje à publicação da Nota Informativa. A sua publicação será feita durante a tarde de amanhã, sábado", explicou esta tarde à agência Lusa, fonte deste organismo público.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 22 feridos.
Na quinta-feira, o GPIAAF, em conjunto com outras entidades, concluiu as perícias no local do descarrilamento, tendo remetido informações para esta sexta-feira sobre as constatações iniciais e a orientação que a investigação irá prosseguir.
Fontes do setor ferroviário explicaram anteriormente à Lusa que, desde agosto de 2023, que o GPIAAF apenas dispõe de um investigador para este setor, e que, desde março deste ano, que o organismo aguarda que o processo de admissão de um segundo investigador para o setor tenha autorização por parte do ministério das Finanças.
Em conferência de imprensa realizada na quinta-feira com várias entidades, na sede da PJ, em Lisboa, o coordenador do GPIAAF assegurou que será analisado "tudo o que seja relevante para a investigação".
Nelson Oliveira recusou comprometer-se com um prazo final para a conclusão da investigação, reiterando que apenas pode prometer um relatório preliminar no prazo de 45 dias e que o tempo de elaboração do relatório final "dependerá dos meios com que o GPIAAF venha a ser dotado, entretanto".
"Deve ficar também claro que a admissão de um ou dois investigadores não resolve as situações de imediato, porque um investigador para ser formado necessita de dois anos. Mas eu não me queria alongar sobre esta matéria, este não é o momento nem o local. Nós estamos num dia de luto nacional e municipal devido a este trágico evento", explicou este responsável.
Nelson Oliveira mostrou-se convicto de que "seguramente o Estado, através do Governo, irá dotar muito brevemente o GPIAAF com os meios de que necessita, porque o respeito às vítimas que houve este incidente assim o exige".
A Lusa remeteu várias questões ao Ministério das Infraestruturas, de quem depende diretamente o GPIAAF, nomeadamente, se conhece a situação atual do Gabinete no que a recursos humanos diz respeito, e como é que classifica a realidade deste organismo, responsável pelas investigações aos acidentes ferroviários em Portugal.
Na quinta-feira, o ministério respondeu que o GPIAAF "é uma instituição que tem respondido sempre que solicitada no âmbito das suas competências", lembrando que "ainda há cerca de uma semana emitiu o relatório sobre as causas da queda do helicóptero no rio Douro que vitimou 5 militares da GNR/Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS)".
"Desde o primeiro minuto, o GPIAAF está a acompanhar o acidente com o ascensor da Glória, estando a investigar as suas causas. Essa investigação foi iniciada quando estiveram reunidas as condições para desenvolver as perícias, o que, nestas situações, só é recomendável depois de terminadas as operações de socorro das vítimas", indicou o Ministério das Infraestruturas.
Quanto ao "reforço dos recursos humanos" do GPIAAF, a tutela adianta que "está em fase de finalização".
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
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