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Zelensky discutiu com Trump sanções a Moscovo e proteção dos céus

Presidente norte-americano, durante uma conversa com os líderes aliados ucranianos reunidos em Paris, afirmou ainda que "a Europa deve parar de comprar petróleo russo",

04 de setembro de 2025 às 23:10

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou esta quinta-feira que discutiu com o homólogo norte-americano, Donald Trump, a adoção de novas sanções contra a Rússia e a proteção dos céus ucranianos contra os ataques russos.

Nesta conversa telefónica participaram também os líderes europeus que estiveram presentes na cimeira da Coligação dos Dispostos, que decorreu esta quinta-feira em Paris, adiantou Zelensky nas redes sociais.

"Examinámos várias opções, a mais importante das quais é a pressão, com o recurso a medidas enérgicas, incluindo económicas (...). Também discutimos a máxima proteção dos céus ucranianos", destacou o Presidente ucraniano.

De acordo com o Presidente francês, Emmanuel Macron, o grupo de países reunidos esta quinta-feira em Paris e por videoconferência no âmbito da Coligação dos Dispostos, onde se inclui Portugal, prontificou-se para prestar garantias de segurança às autoridades da Ucrânia, estando "presentes em terra, no mar ou no ar".

Esta força "não tem intenção nem objetivo de travar qualquer guerra contra a Rússia", frisou o Presidente francês à imprensa, referindo que os Estados Unidos foram também "muito claros" sobre a sua disponibilidade para participar no apoio à decisão hoje tomada pelo grupo de aliados de Kiev.

Já Donald Trump instou esta quinta-feira os líderes europeus a exercerem "pressão económica sobre a China devido ao seu apoio ao esforço de guerra russo", segundo um alto funcionário da Casa Branca.

O presidente norte-americano, durante uma conversa com os líderes aliados ucranianos reunidos em Paris, afirmou ainda que "a Europa deve parar de comprar petróleo russo", segundo a mesma fonte citada pela agência France-Presse (AFP) sob condição de anonimato.

Volodymyr Zelensky já tinha sublinhado que Donald Trump estava "muito insatisfeito" com as compras de petróleo russo pela União Europeia, citando a Eslováquia e a Hungria.

Donald Trump, cujas tentativas de mediação entre a Ucrânia e a Rússia não deram em nada, manteve até agora as suas próximas decisões em segredo.

Washington já decidiu impor sanções secundárias contra a Índia devido às suas compras de petróleo russo.

Mas o Presidente norte-americano até agora não tomou quaisquer medidas semelhantes contra a China, que também importa grandes quantidades destes produtos químicos e com a qual os Estados Unidos mantêm negociações comerciais.

O republicano de 79 anos, no entanto, levantou recentemente a voz contra Pequim e na terça-feira acusou o seu homólogo chinês, Xi Jinping, de conspirar com os líderes russo e norte-coreano, Vladimir Putin e Kim Jong-un, que foram recebidos com todas as honras na China durante um grande desfile militar em comemoração do fim da Segunda Guerra Mundial.

Ao fim de mais de três anos da invasão russa da Ucrânia, as propostas para um acordo de paz entre Moscovo e Kiev têm fracassado, apesar das iniciativas do Presidente norte-americano para aproximar as partes.

O líder russo, Vladimir Putin, exige que a Ucrânia ceda territórios e renuncie ao apoio ocidental e à adesão à NATO, condições que Kiev considera inaceitáveis, reivindicando pelo seu lado um cessar-fogo imediato como ponto de partida para um acordo de paz, a ser salvaguardado por garantias de segurança que previnam uma nova agressão de Moscovo.

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