“Se acontecesse uma tragédia ficava com um peso para o resto da vida”

Manhã fria de dezembro, em Lisboa. O relógio marca 11h30, quando um homem cai à água junto ao Cais das Colunas, no Terreiro do Paço. José Brito, que passeava com o filho, assistiu a tudo. Ao perceber que a vítima, de barriga para baixo, não se mexia, tirou a roupa e atirou-se a água. Trouxe o homem para terra firme e procedeu a manobras de reanimação, até à chegada do socorro.

A vítima foi transportada ao hospital de São José, ficou internada, sobreviveu.

"Não pensei duas vezes, havia uma vida em perigo, tinha se a salvar. Se acontecesse alguma tragédia ficava com um peso para o resto da vida. Hoje voltaria a fazer o mesmo", contou José Brito, na altura.

São histórias como esta que dão vida e alma à iniciativa Heróis CM.

Gente anónima que dá tudo para salvar quem está em perigo. Como o ato heroico de Nádia Carvalho, que saltou para o rio e salvou a vida de uma mulher que se estava a afogar; ou o sangue frio de Maria do Céu que, com um mar de chamas em redor da aldeia, salvou 12 pessoas num tanque de água; ou Armando Roque, que protegeu num armazém 20 vizinhos durante um incêndio florestal. Ou, ainda, aquele pai, que ao ver a casa a arder, trepou até ao telhado, entrou lá dentro e conseguiu resgatar o filho bebé. E que dizer do trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar) durante os anos da pandemia?

Este ano vamos homenagear mais cinco portugueses que, no último ano, salvaram vidas.

Foram selecionados por um júri composto por personalidades da sociedade civil. Serão, agora, os leitores do ‘CM’ e os telespectadores da CMTV a escolher o Herói dos Heróis. Para isso, só têm de votar no Herói preferido, através do número de telefone que se encontra por baixo de cada história. Mas todos os finalistas são vencedores, pela coragem e pela determinação demonstradas em situações extremamente adversas.