Para o líder do PSD "uns querem dividir ainda mais o país", enquanto a AD quer unir.
O líder do PSD acusou esta sexta-feira o PS de estar "zangado com uma parte da nação portuguesa" e avisou os partidos que compõem a Aliança Democrática que não tenham a expectativa de "invadir a administração pública".
Num almoço alusivo ao Dia da Mulher, na Estufa Fria, em Lisboa, no qual participaram a antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite e o ex-Presidente da República Cavaco Silva, Luís Montenegro quis traçar, no último dia de campanha, diferenças entre candidatura da coligação PSD/CDS-PP/PPM e a do PS.
"O PS sempre que fala, fala zangado com uma parte da nação portuguesa, fala para atacar uma parte da nação portuguesa", acusou, apelando aos indecisos que avaliem as candidaturas, os projetos e as lideranças das duas forças políticas.
Montenegro disse ter ficado impressionado com o discurso desta sexta-feira do seu principal adversário político, Pedro Nuno Santos, a propósito das mulheres, dizendo que foi o PS o responsável pelos avanços nesta área.
"Temos no mínimo a mesma intenção e, se formos realistas, temos muito melhores resultados para a vida das mulheres com os Governos do PSD/CDS-PP do que com os do PS", contrapôs.
Para Montenegro, "uns querem dividir ainda mais o país", enquanto a AD quer unir, o que passa por aproximar pessoas de condições económicas diferentes, gerações e até setores de atividade.
A propósito do Estado, o líder do PSD repetiu a acusação que o PS "deixou o Estado todo partido, e todo o partido dentro do Estado", prometendo fazer diferente.
"E quero dizer aos partidos que compõem esta coligação: não tenham a expectativa de ir invadir a administração pública portuguesa porque esse não é o nosso conceito", avisou, assegurando que acredita nos funcionários públicos portugueses.
"O que eles estão é mal comandados, mas nós estamos aqui para fazer essa diferença", acrescentou.
Falando como se já fosse primeiro-ministro, Montenegro assegurou que não irá governar "para o título do jornal e na abertura do telejornal", mas "a olhar para os serviços públicos e a dizer que o dinheiro dos impostos é para ser bem gerido"
"E ser bem gerido é organizar os serviços do Estado de forma a que estejam ao serviço do cidadão e não ao serviço do partido do Governo, para isso já basta", afirmou, prometendo ainda "valorizar todas as carreiras" deste setor.
"Empobrecer o Estado é meio caminho para não fazer crescer o país", declarou.
No último dia de campanha, o líder da AD disse querer voltar às mensagens iniciais da coligação: unir e acreditar.
"Venham daí, vai valer a pena, nós vamos voltar a ser um país para todos, para todos, para todos", disse, numa aparente alusão à frase do papa Francisco quando esteve em Lisboa na Jornada Mundial da Juventude.
Entre a sopa e o prato principal, Luís Montenegro foi cumprimentar as várias mesas só com mulheres -- apenas na mesa de honra e nas da comunicação social havia homens - e tirou fotos com muitas, tal como o líder do CDS-PP, Nuno Melo, e o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.
Antes das intervenções, ao microfone foi pedida "uma enorme salva de palmas para Carla Montenegro, a mulher ao lado de Luís Montenegro, uma dupla imbatível, destacando também este legado para Portugal dos valores da família".
No seu discurso, disse ter sentido ao longo da campanha a força das mulheres, a força das famílias portuguesas" e fez um cumprimento especial a Maria Cavaco Silva.
"Ela talvez não saiba mas eu quero que a partir de hoje não tenha dúvidas que nos gostamos muito de si", disse, numa referência que fez levantar a sala.
Na mesa de honra, estavam presentes destacadas sociais-democratas como Assunção Esteves, Leonor Beleza, Isabel Mota, Teresa Patrício Gouveia e democratas-cristãs como Cecília Meireles, Isabel Galriça Neto ou Ana Rita Nessa.
"Mulheres que nos acompanharam em momentos particularmente exigentes que nos inspiraram e às vezes nos empurraram mesmo a fazer melhor", disse.
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