José e Francisca, pai e filha, escolheram o CM para relatar interrail pela Europa.
Francisca Oliveira, 14 anos, e José Oliveira, 49 anos, estão a fazer um interrail pela Europa. E contam tudo no site do Correio da Manhã------
Como programado, levantamos cedinho. A ideia era estar antes das 8h na Stazione di Milano Centrale. Perante a expectativa de uma longa viagem, não podia haver nem atrasos, nem falhas .
Assim foi. São 7h45m. Chegamos.
O site Bahn.de "dizia" que o nosso comboio era um rápido e por isso era necessário marcar lugar. Havia uns 11 guichets em funcionamento. Fomos tirar a senha e aguardamos a nossa vez. Teriamos umas 40 pessoas á nossa frente. O tempo passava a correr e instalou-se em nós uma ligeira ansiedade.
O pai ficou a guardar as coisas e eu fui "tratar do Comboio".
Lá está o nosso número. Guichet 7.
O funcionário era um italiano, figura vulgar, sem nada de especial que o distinguisse. Confrontei-o confiante: "Hi, para Barcelona?"
A reacção dele, manifestada pela sua expressão facial, preocupou-me. Olhou para mim com o sobrolho pendido e ficou em silêncio por brevíssimos segundos e logo de seguida pergunta : "Cómo?! Barcelona de Espanha?!"
"Sim, sim, Espanha, Barcelona de Espanha", e quase sem me deixar acabar a frase, atira-me ao mesmo tempo que abanava a cabeça: "No, no, não existem comboios para Espanha".
Fiquei sem reacção. Estava lá escarrapachado, no site alemão: duração da viagem, 11h48m, partida de Milão às 8h45m e chegada a Barcelona 20h33m, 2 comboios, sendo o 1.º o TGV.
Bolas , os alemães não falham...
Sem saber bem o que fazer, olhei para trás na tentativa de descobrir o pai no meio de uma pequena multidão que entretanto se tinha criado.
Estava lá ao fundo, acenei-lhe em bicos de pés e por gestos pedi-lhe para me acudir. Deve ter visto ter visto o meu ar assustado e veio rapidamente largando as nossas coisas num canto. Expliquei-lhe a alhada em que estávamos metidos e o pai decidido voltou à carga, e munido do "print" do site, mostrava ao italiano apontando e dizendo "quero ir para Barcelona neste comboio". O sujeito, agora manifestando algum enfado, respondia: "Não há comboios para Barcelona." Suspirou e continuou. "Se quiseres deixo-te na fronteira (dizendo o nome de uma qualquer localidade que não percebemos) e depois aí tu segues para Marselha ou para Barcelona se conseguires."
Olhamos um para o outro e o pai impulsivamente saiu dali e foi tirar uma nova senha na tentativa de sermos atendidos por outro funcionário.
A esta altura já nos considerávamos viajantes com tarimba, mas não há dúvida que estávamos um pouco preocupados.
Chegou novamente a nossa vez. Agora o guichet era o n.º 12.
Desta vez fomos os dois. O pai, mais uma vez com o "print" na mão , dizia com firmeza: " quero ir para Barcelona." E adiantava o papelinho que trazia e mostrava-o à medida que falava. A resposta veio semelhante à anterior. O funcionário do Guichet 12, olhou a folha que o pai mostrava e pediu ajuda a uma colega. Conferenciaram brevemente e em surdina. O sujeito voltou, já abanando a cabeça. "No, no, no.... já não há comboios para Barcelona, mas posso indicar-te um comboio para Paris", disse. Acho que nem o deixámos acabar frase e saímos dali brusca e imediatamente.
Sem trocarmos uma palavra, olhámos um para o outro, pegámos na nossa "trouxa" e ao mesmo tempo demos uma gargalhada. Estávamos em sintonia e soubemos ali mesmo o que teríamos de fazer.
Ora, Milão merecia muito mais do que um dia e a correr. Barcelona ficará para uma próxima aventura.
Fomos ao nosso hotel tentar prolongar a nossa estadia por mais um dia. Já está.
São agora 9h30 e já depositamos as nossas mochilas. Estamos prontos. Milão, cá estamos nós outra vez.
Fomos diretamente para a Piazza del Duomo, que selecionámos como nosso ponto de referência.
É impossível chegar àquela praça e não ficar extasiado, por mais vezes que se lá retorne. Aconteceu-nos e comentámos o facto.
Decidimos que hoje seria o dia das guloseimas e por isso fomos logo "aos gelados".
Há medida que íamos andando fomos procurando, espreitando e caímos na Gelataria Amorino. A variedade dos sabores é bastante e a aparência é muito apetitosa. Não estivemos com meias medidas e pedimos um copo com 2 bolas para cada um. Os gelados vieram cremosos e, em coerência com a aparência, eram espantosamente deliciosos.
Pedimos depois 2 "macarrones", um para cada um e eram tão bons!! Tão únicos.
Lambuzados , reparamos que estávamos de novo em Brera.
Sem presas divagámos pelas ruas, fomos entrando e saindo em lojinhas, olhamos algumas galerias e assim passamos o resto da manhã.
Era quase 1 hora. Iríamos almoçar novamente por esta zona. Procurávamos poiso, quando ao longe vislumbramos o "carequinha" do restaurante de ontem. Ele avista-nos também e enquanto arrumava mesas e entregava menus, acena-nos expansivamente e com um sorriso rasgado.
"Carequinha, assim não dá , condicionas as nossas escolhas".
E foi isso mesmo que aconteceu. Espreitámos meia dúzia de restaurantes, mas regressámos ao mesmo do dia anterior. O Italiano, sessentão, careca e com pinta recebeu-nos efusivamente e sentou-nos na esplanada quase de imediato. Achamos por bem aceitar as suas sugestões gastronómicas e saímos de lá reconfortados e satisfeitos. Criamos com aquele sujeito uma relação de simpatia inegável. Despedimo-nos com emoção, como se nos conhecessêmos há mais tempo, prometendo voltar sempre que regressemos a Milão.
Seguimos, com a ajuda do mapa , para o Castello Sforzesco. Estava um calor infernal.
Seriam agora umas 15h30. O Castello é um edifício enorme, com uma história longuíssima e que remontará ao século XIV. Tem vários museus no seu interior. Nós ainda visitámos o Museu das artes decorativas e Museu dos instrumentos musicais, onde assistimos a um mini concerto de guitarras que tocavam peças de música clássica.
Soubemos que existiam no Castelo obras de Leonardo Da Vince e Michalangelo, entre outros artistas renomados. Não havia tempo para ver tudo, para isso precisaríamos de dias.
Nas traseiras do Palácio existe um Parque, o "Parco Sempione", com um pequeno lago e muito verde. Logo no seu início havia um pavilhão onde uma banda tocava umas rumbas, pasos dobles e tangos e alguns velhotes dançavam e conviviam. Achei aquilo muito engraçado e chamei-lhe "uma discoteca vintage".
O grande jardim era encabeçado por uma praça com umas arcadas o Arco della Pace , até onde fomos antes de regressarmos ao Castello. O calor mantinha-se intenso. O castelo tinha sido tomado por turistas. À entrada do Edificio há um enorme fontanário com inúmeros repuxos de água. Sentá-mo-nos no muro que o contorna e pusemos os pés dentro da água, esperando o alivio daquela canícula.
Redefinimos planos e resolvemos ir explorar uma zona onde ontem tínhamos passado de raspão, mas que nos tinha despertado a atenção.
Ligeiramente refeitos, avançámos para a Praça Duomo e daí para a Via Torino, uma rua comercial, sem grandes motivos de interesse. Um pouco à frente virámos para a Corso di Porta Ticinese, uma rua de gente e lojinhas alternativas, algumas lojas vintage, outras de 2.ª mão, barzinhos e restaurantes, tudo frequentado por uma "fauna" mais colorida. Caiu-nos no goto.
Fomos indo, entrando, olhando e vendo.
Mais acima cruzamo-nos com a Basilica San Lorenzo Maggiore, edifício muito antigo, com colunas envolventes, altas e em ruinas, sinais de reconstruções ao longo dos tempos.
Numa rua ali bem perto, a via de Amicis, existe uma instalação permanente que consiste numa parede branca cheia de bonecas velhas, e cada pessoa pode lá colocar a sua, cada uma simboliza uma mulher vitima de maus tratos. Chamam-lhe a "Wall of Dolls".
Continuamos…
Numa loja meia estranha, vi umas botas que adorei e como eu e o pai passámos a entendermo-nos quase por telepatia, sem eu dizer nada ele sugeriu, que eu as experimentasse.
A loja era tenebrosa, cheia de caveiras, correias e correntes, tudo negro. A música era a condizer, metal, muito barulhenta e o som altíssimo. Lá dentro o empregado era um punk, vestido a rigor, magro, alto, olhos azuis, bonito, mas cheio de furos e piercings nos lábios inferiores, entre os olhos um ferro que atravessava a cana do nariz e o cabelo completamente espetado.
Estava acompanhado de um Bull Terrier, daqueles branquinhos com uma mancha negra num dos olhos.
Perguntámos os preços, tamanhos e se podíamos experimentar. Só havia o meu número numa outra loja, num quarteirão abaixo. Não tive tempo de ficar triste, pois o punk de aparência rude , foi de uma delicadeza e simpatia!!! Disse, com uma voz suave e dissonante da sua persona: "Bem eu estou sozinho na loja. Se não se importarem, o cão fica a tomar conta desta loja e nós vamos à outra".
Entretanto chegaram mais uns 3 iguais, na atitude e indumentária.
Eu e o pai nem questionamos: Ok, lets go. E fomos. Eu o pai e um gang de punks pelas ruas de Milão em amena cavaqueira, conversando trivialidades. No regresso despedimo-nos e não consegui resistir a umas festas no cachorrinho.
Era giro o raio do miúdo Punk.
Continuámos pela rua até á Porta Ticinese. Uma das portas da cidade de Milão, agora um monumento, antigo, pós Napoleónico, situado no meio da Piazza XXIV de Maggio.
Era sábado, final de tarde e havia gente nas ruas, gente que não pertencia há turba de turistas que sistematicamente íamos encontrávamos pelas cidades.
Ali ao lado descortinámos um canal, um fio de água longo e nas suas margens uma sucessão esplanadas, de bares e restaurantezinhos, de onde vinha música alegre. As pessoas circulavam cima abaixo e atravessavam pelas pontes pequeninas, que se repetiam espaçadamente.
O cenário era-nos apropriado, era por ali que iríamos ficar até ao final do dia, não tivemos duvidas e assim foi.
Escolhemos o local para jantar, a Officina 12. Tinha um ambiente moderno e era uma mistura de bar e restaurante. O empregado tinha um ar de "Joaquim Cortez". Era mais do que um empregado de mesa, era o cicerone do restaurante, apresentava-nos a lista, aconselhava, sorria, cabendo a outros a tarefa de nos servir. A comida não destoou e veio muito apetitosa. Saboreámos tudo preguiçosamente, as entradas, as pizzas e o vinho para o pai.
Regressámos à rua e às margem daquele canal, o Naviglio Grande, ainda coberto de gente. O ar continua quente.
Vagueámos vagarosamente, tentando que o tempo se suspenda e corra também lentamente, pois Milão, àquela hora e naquele local estava a saber muito bem.
Era quase meia noite, passámos ainda por um mercado, o Mercato Metropolitano, que estava aberto e àquela hora vendia produtos regionais e biológicos, tinha uns stands de comida e ainda uma banda que tocava umas modinhas e gente que se divertia.
Milão caiu-nos bem.
Temos de regressar ao hotel. O pai 2.ª feira tem de ir trabalhar e nós temos de tomar decisões.
----
----
Dia 12: "Um dia e tanto..."
Dia 11: "Adeus Viena, olá Budapeste"
Dia 10: "Dia de romaria"
Dia 9: "Está decidido, rumamos a Viena"
Dia 8: "Praga de encantar"
Dia 7: "Praga, estamos a chegar"
Dia 6: "Hoje já sabiamos ao que íamos"
Dia 5: "Berlim está a arrebatar-nos"Dia 1: "Pai e filha à 'conquista da Europa'"
Dia 4: "Au revoir, bela Paris"
Dia 3: "Hoje vimos uma Paris mais francesa"
Dia 2: "Fransica e José descobrem Paris"
Dia 1: "Pai e filha à 'conquista da Europa'"
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.