Fundador do partido marxista tinha 79 anos.
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Morreu Arnaldo Matos, o fundador do MRPP. O político tinha 79 anos. Conhecido pelos ataques impiedosos que fazia aos seus rivais políticos (muitos deles militantes do seu próprio partido) ficou conhecido nos tempos do PREC como o "grane educador da classe operária".
Depois de um longo período em que deixou que fosse o advogado Garcia Pereira a assumir a voz do partido, Arnaldo Matos retomou a liderança (apesar de oficialmente não desempenhar qualquer cargo) do PCTP/MRPP em 2015 quando, depois dos maus resultados do partido nas legislativas, acusou a direção de "aburguesamento" e de usurpar o dinheiro das subvenções do estado. Garcia Pereira foi então brindado com os insultos de uma outra era. Matos chamou-lhe "social-fascista" ou "anticomunista primário" e Pereira acabou por sair do partido.
Estalou então uma dura troca de palavras entre os dois, com acusações que foram muito para além da política e enveredaram pelo caminho da ofensa pessoal.
O partido confirma a morte do seu líder histórico, através de um comunicado:
"HONRA AO CAMARADA ARNALDO MATOS!
1939-2019
É com uma profunda tristeza e um enorme vazio que vimos informar que faleceu há poucas horas o nosso querido camarada Arnaldo Matos, fundador do PCTP/MRPP e um incansável combatente marxista que dedicou toda a sua vida ao serviço da classe operária e a lutar pela revolução comunista e por uma sociedade sem classes.
A sua obra e o seu exemplo de grande e intrépido dirigente comunista que foi perdurarão para sempre na memória dos operários e dos trabalhadores portugueses e constituirão um guia na luta do proletariado revolucionário e dos comunistas pelo derrube do capitalismo e do imperialismo e pela instauração do modo de produção comunista e de uma sociedade de iguais.
Logo que haja mais informações sobre as exéquias e o funeral, elas serão transmitidas."
Estudante radical, político intransigente
Arnaldo Matias de Matos, nasceu em Santa Cruz, na Madeira, em 1939. Começou a dar nas vistas politicamente quando estudou na Faculdade de Direito de Lisboa. Em 1970, fundou o MRPP com Vidaúl Ferreira, João Machado e Fernando Rosas, mas só ele permanecia no partido. Passariam pelo partido nomes que depois se tornaram impactantes na vida política e social portuguesa, como Durão Barroso ou Maria José Morgado.
Depois do 25 de Abril, Arnaldo de Matos chegou a ser preso pelo COPCOM e foi um dos grandes agitadores do Verão Quente de 75. Colocava-se à esquerda do PCP, a quem criticava as posições demasiado moderadas.
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