Secretário geral do PS considera que bazuca permite responder a "alguns dos problemas estruturais que o país tem".
O secretário-geral do PS, António Costa, disse este domingo que tem "muita dificuldade" em perceber a "raiva que alguns partidos" demonstram em relação ao PRR, afirmando que a "grande sorte desses partidos" é "não estarem no Governo".
Discursando em Gondomar, num comício de apoio ao presidente do município e candidato a um novo mandato, Marco Martins, António Costa voltou a responder aos partidos -- com o PSD à cabeça -- que o têm criticado por, durante a campanha para as autárquicas do próximo dia 26, estar a falar dos milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"Eu tenho muita dificuldade em perceber a raiva que alguns partidos demonstram ter ao Plano de Recuperação e Resiliência e devo-vos dizer o seguinte: o PS não vai ganhar os 308 municípios. Alguns, seguramente, hão de ser ganhos por outros partidos. Mas a grande sorte desses partidos é não terem os seus partidos no Governo porque, se os tivessem, não teriam PRR e, pelo contrário, não teriam meios para fazer o que todos os municípios vão ter condições para poder fazer", salientou.
Referindo que as verbas do PRR permitem responder a "alguns dos problemas estruturais que o país tem" -- como a habitação a rendas acessíveis ou o investimento em equipamentos sociais -, o também primeiro-ministro lembrou, no entanto, que "os fundos comunitários não se esgotam no PRR".
"O PRR é um suplemento, um complemento muito forte para podermos fazer mais depois da crise terrível que temos estado a enfrentar", salientou.
O secretário-geral do PS frisou, assim, que, "no âmbito dos fundos comunitários normais", o Governo tem estado a trabalhar "com grande proximidade com as comunidades intermunicipais e com as áreas metropolitanas" com vista à descentralização de competências.
"Foi graças a esse esforço conjunto [...] que conseguimos hoje o passe único que é já uma realidade aqui na Área Metropolitana do Porto. É graças a esse esforço que já temos em expansão a rede de metro do Porto, com algumas linhas já em construção, que municipalizámos a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e a STCP fez acordos com os municípios da coroa metropolitana", indicou.
Perante os aplausos da plateia, António Costa salientou que "é preciso fazer mais e melhor", e assumiu o compromisso de, "no próximo ciclo de financiamento comunitário", que decorrerá nos próximos sete anos, construir uma "nova linha que vai ligar Gondomar ao estádio do Dragão, ligando definitivamente Gondomar à linha de metro de toda a primeira coroa metropolitana".
"E é assim que, continuando a trabalhar em conjunto, mantendo-nos no caminho certo, nós conseguiremos garantir o futuro. E é preciso prosseguir no caminho certo, no caminho que, a nível nacional, nos permitiu apostar na descentralização, que nos permitiu negociar na Europa um PRR, que nos permite definir como uma prioridade executarmos o PRR", frisou.
Nos últimos dias, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PAN e Chega têm criticado António Costa por estar a prometer milhões do PRR às autarquias durante a campanha para as eleições autárquicas.
Na terça-feira, o líder social-democrata, Rui Rio, afirmou, na Guarda, que "não é correto misturar na campanha a função de primeiro-ministro com a de secretário-geral do PS" ao falar dos milhões do PRR.
"O primeiro-ministro, o PS não têm feito outra coisa que não chegar aos diversos concelhos e dizer que têm não sei quantos milhões para ali", criticou novamente Rui Rio na quinta-feira.
António Costa dedicou o seu dia de campanha ao distrito do Porto, tendo percorrido oito concelhos.
Depois de já ter marcado presença em ações de campanha em Marco de Canaveses, Penafiel, Valongo, Maia, Matosinhos e Gondomar, o secretário-geral do PS irá terminar o seu dia em Vila Nova de Gaia.
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