Ana Poças frisou que as medidas a implementar devem passar por "mudanças estruturais nas vias".
A candidata do Livre à presidência da Câmara de Gaia defendeu esta terça-feira para a circulação rodoviária a redução da velocidade máxima para os 30 quilómetros por hora em áreas residências, escolares ou zonas urbanas densas, para reduzir os acidentes.
"Em Gaia há muitos acidentes rodoviários. Em 2019 houve mais 900 acidentes com vítimas em Gaia, com mais de mil feridos ligeiros. Isto é grave do ponto de vista direto na vida das pessoas, porque acaba por tornar o ambiente nas ruas muito mais hostil e perigoso para as crianças ou para os idosos e faz com que, quem pode, se refugie no carro e nas suas casas em vez de ocupar mais o espaço público", sublinhou Ana Poças.
A cabeça de lista do Livre à Câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, pretende a implementação de um limite máximo de 30 quilómetros por hora nas áreas mais centrais, à volta das escolas ou zonas residenciais.
"Há um dado básico, que é quando uma pessoa é atropelada a 50 quilómetros por hora, a probabilidade de morrer é cerca de 50%, mas quando é atropelada a menos de 30 quilómetros por hora a possibilidade de morrer é de apenas 5%", salientou.
A investigadora, de 34 anos, frisou que as medidas a implementar devem passar por "mudanças estruturais nas vias", como passadeiras elevadas ou estreitamento de vias que "asseguram mesmo que a velocidade vai ser limitada".
"Se for seguro, é melhor para as pessoas andarem a pé ou de bicicleta", disse.
Ana Poças dedicou a manhã desta terça-feira no contacto com a população junto às estações de metro na Avenida da República.
A candidata independente que concorre pelo Livre tem utilizado transportes públicos ou bicicleta para percorrer todas as freguesias do concelho e chamou ainda a atenção para a crise climática que considera ser "uma crise existencial para a humanidade".
"Nós temos que seriamente, ambiciosamente e com coragem fazer um plano de como reduzir a nossa dependência de combustíveis fósseis, reduzir ao máximo e drasticamente as emissões de dióxido carbono e todas as organizações deviam estar a fazer planos sérios de como conseguir fazer isso", alertou.
Ana Poças defende um plano de ação climática local que permita mudar a mobilidade no concelho, mas que vá para além disso.
"Também vamos ter que nos adaptar às alterações climáticas que já existem. Qual é o plano para uma maior resiliência alimentar? Não temos, e precisarmos de ser sérios a responder a esta crise porque senão não sei o que estamos aqui a fazer", salientou.
Com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica em Gaia até 2030, Ana Poças considera que tem que haver um plano na área da mobilidade, a nível da indústria e a nível da habitação, e que este não fique "na gaveta".
São cabeça de lista à Câmara de Vila Nova de Gaia o atual presidente Eduardo Vítor Rodrigues (PS), Vítor Marques (coligação Movimento por Gaia -- MPT/PDR), Diana Ferreira (CDU), Renato Soeiro (BE), Alcides Couto (Chega), Cancela Moura (PSD/CDS-PP/PPM), Nuno Gomes de Oliveira (PAN), Orlando Monteiro da Silva (Iniciativa Liberal) e Ana Poças (Livre).
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