52 manifestantes anti-monarquia detidos em protestos na coroação de Carlos III
"Não és o meu rei", pode lêr-se no cartazes.
A polícia britânica deteve o líder do grupo anti-monárquico "Republic" e mais 51 pessoas durante a coroação do Rei Carlos, este sábado, por se manifestarem contra o rei ao longo do percurso da procissão, no centro de Londres, segundo a Reuters. Vestidos de amarelos, fizeram-se acompanhar por cartazes onde se podia ler: "Não és o meu rei".
"Compreendemos perfeitamente a preocupação do público na sequência das detenções que efetuámos esta manhã", disse a Comandante Karen Findlay da Polícia Metropolitana de Londres em comunicado, explicando que o seu dever de evitar perturbações sobrepõe-se ao direito de protestar e por acreditar que os manifestantes iriam tentar desfigurar monumentos públicos com tinta e perturbar "movimentos oficiais".
"Nas últimas 24 horas, houve uma operação policial significativa depois de termos recebido informações de que os manifestantes estavam determinados a perturbar a procissão da Coroação", acrescentou.
A República já tinha avisado que ía preparar o maior protesto contra um monarca britânico na história moderna.
"É nojento e extremamente exagerado", afirmou Kevin John, 57 anos, um vendedor que se encontrava entre os manifestantes, acrescentando que "é também extremamente contraproducente por parte da polícia porque tudo o que fez foi criar uma enorme publicidade. É uma loucura total".
Em Glasgow, na Escócia, e em Cardiff, no País de Gales, também houve pessoas a manifestarem-se contra o rei. Os populares saíram à rua com cartazes que incitam a "abolição da monaquia".
Também nas redes sociais, foram muitas as pessoas a tecer críticas à crise do custo de vida no Reino Unido.
Ativistas republicanos esperam que Carlos seja o último monarca britânico a ser coroado. "É um bilionário hereditário, nascido na riqueza e no privilégio, que simboliza a desigualdade de riqueza e de poder na nossa sociedade", afirmou Clive Lewis, deputado do Partido Trabalhista.
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