Catarina Martins: "Plafonamento não resolve tudo"

O primeiro-ministro, Passos Coelho, reconheceu ontem que é preciso "encontrar financiamento alternativo para a Segurança Social" e admitiu que o plafonamento das pensões "não resolve o problema todo" do sistema. Mais, está "convencido"– após o debate com o líder do PS – de que é possível chegar a um acordo com os socialistas para poupar 600 milhões de euros sem cortar nas pensões.

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As declarações foram proferidas ontem na RTP Informação, num frente a frente com a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

A dirigente confrontou Passos – até à exaustão – com o buraco criado na Segurança Social com o plafonamento das pensões. Passos não respondeu e Catarina Martins acusou-o de irresponsabilidade.

"Irresponsabilidade é não apresentar números sobre o programa de governo ao País em nome de interesse económicos", atirou Catarina Martins.

Passos insistiu no ataque ao Bloco pela proximidade ao Syriza e considerou "intolerável" a ideia do anterior ministro grego das Finanças de perdão da dívida à conta de 550 milhões de euros dos portugueses, sem os consultar. Já Catarina Martins sustentou que a dívida é "impagável" e é preciso reestruturá-la.

Apesar da campanha, no Governo, a indicação interna é de manter as reuniões do Conselho de Ministros.