Socialistas precisam do Bloco de Esquerda ou do PCP para formar uma nova 'geringonça'.
António Costa mais longe da maioria absoluta obrigado a negociar com BE ou CDU
O Partido Socialista vai ganhar as eleições legislativas, mas terá de contar com o apoio do Bloco de Esquerda ou da CDU para formar Governo. Esta é a grande diferença relativamente aos resultados de 2015: uma futura geringonça está dependente apenas de um partido, cabendo a António Costa escolher o ‘parceiro de dança’. Gorada está a hipótese do PAN como solução governativa. O crescimento do partido das Pessoas, Animais, Natureza não é suficiente para garantir ao PS uma maioria absoluta no Parlamento.
Estas são as conclusões da sondagem da Intercampus para o CM, a três dias do ato eleitoral e que já tem em conta o efeito do caso Tancos, de onde o PS sai penalizado. Na última sondagem, publicada a 13 de setembro, os socialistas contabilizavam 114 deputados (estavam a dois da maioria absoluta). Hoje têm 104. Ou seja, perderam 10 deputados, tantos quantos viajaram para o PSD (que passou de 67 para 77). Bloco de Esquerda e CDU mantêm-se estáveis (o Bloco tem agora menos um parlamentar, enquanto os comunistas continuam com o mesmo número).
Bem diferente a situação dos restantes partidos com representação na Assembleia da República. O PAN ganha três deputados (tem agora nove), enquanto o CDS perde dois (tem agora sete).
Não está excluída a possibilidade de outros partidos virem a eleger deputados. Resta saber quem seria penalizado por essa situação. Na última sondagem, a percentagem de votos brancos, nulos e noutras forças políticas era de 8,6%, tendo agora crescido para 12%.
Sendo o hemiciclo constituído por 230 deputados, a maioria absoluta obtêm-se com 116. Se a opção de Costa recair pelo BE, o Governo será suportado por 121 deputados; se a escolha for a CDU contará com 120. Em qualquer dos casos os suficientes para formar um Governo com suporte parlamentar maioritário. Pode ainda renovar os acordos firmados com BE e CDU em 2015, constituindo uma ampla frente de esquerda. Na altura, tanto Catarina Martins como Jerónimo de Sousa abdicaram da exigência de fazer parte integrante do Executivo, não assumindo qualquer ministério nem secretaria de Estado.
Seja qual for o caminho, o certo é que, segundo esta sondagem, à direita não haverá alternativa. PSD e CDS não vão além dos 84 deputados.
FICHA TÉCNICA Seleção da amostra
Os alojamentos foram selecionados aleatoriamente através do método de random route. Os respondentes, em cada residência, foram selecionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis Género e Idade (3 grupos).
Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI).Recolha da InformaçãoA informação foi recolhida através de entrevista presencial e direta, em total privacidade, com recurso à introdução de boletim de voto simulado em urna. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pelo cliente.
A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa.
Estiveram envolvidos 37 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo.
Os trabalhos de campo decorreram de 26 de Setembro a 1 de Outubro de 2019.Margem de ErroO erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ±3,0 %.
Taxa de Resposta
Objetivo
Universo
Amostra:É constituída por 1000 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional: 483 a homens e 517 a mulheres; 217 a pessoas entre os 18 e os 34 anos, 360 entre os 35 e os 54 anos e 423 a pessoas com 55 ou mais anos; 381 no Norte, 237 no Centro, 269 em Lisboa, 71 no Alentejo e 42 no Algarve.
Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo/móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por região (NUTS II), género e idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da população portuguesa (31/12/2016) da Direção-Geral da Administração Interna (DGAI).
Recolha da informação: Através de entrevista presencial e direta, em total privacidade, através do sistema CATI. Os trabalhos de campo decorreram entre 26 de setembro e 01 de Outubro de 2019.
Margem de erro: O erro máximo de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é cerca de 3%
Taxa de resposta: 68,4%
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