A amiga juntou-os, o santo vai casá-los
Um momento para 'mais tarde recordar'.
A culpa foi da amiga que os apresentou. Talvez seja uma daquelas amigas com sexto sentido apurado, porque a química entre David e Telma nasceu nesse mesmo dia, ao primeiro olhar.
Há um ano, juntaram os trapinhos, como se gosta de dizer. "Achámos importante partilhar casa para nos conhecermos melhor antes de dar o grande passo", conta David. "Há coisas que a namorar apenas não nos apercebemos", frisa Telma. Por isso, e depois de três anos de namoro e um de vida em comum, Telma e David vão formosos mas também seguros para o casamento. O pedido, formalizado no ano passado, foi uma surpresa para Telma, que "não estava nada à espera" de ver-se de anel de noivado no dedo.
"Ele pediu-me na festa de aniversário dos meus avós. Foi muito bonito e surpreendente...", confessa Telma, que sabe que a seu lado tinha um homem um bocadinho avesso a compromissos de papel passado. "Quando era mais novo nunca pensei em casamento. Achava que viver junto bastava. Mas depois fui olhando para os amigos, vendo a felicidade que partilhavam neste dia especial e descobri que também queria viver esse momento com a Telma a meu lado." E a seu lado, ela ri-se embevecida das palavras do seu amor.
O SANTO AJUDA
Além disso, dá graças ao Santo António, pois de outra forma o jovem casal (têm ambos 29 anos) não teria possibilidade de custear a festa. No dia a dia, Telma e David veem-se a braços com vidas de trabalho difíceis de conciliar: ela é vendedora de artigos de bricolage, ele auxiliar de ação médica, e trabalham por turnos. Mas optam por olhar apenas para o copo meio cheio: o que lhes falta em noites aninhados nos braços um do outro, compensam em dias de folgas rotativos.
O Tejo aproveita então para vê-los passar: gostam de ir para a zona ribeirinha, para o Parque das Nações de mãos dadas. E não só: gostam de dançar coladinhos um ao outro, ao ritmo da kizomba. "Não somos uns experts mas damos um jeito." Um jeito que dá muito jeito entre enamorados, diga-se de passagem. A amiga, essa, não se vai escusar à responsabilidade: será ela a madrinha do par, no dia em que os sinos da Sé ribombarem a anunciar a celebração dos casamentos de Santo António.
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