Olha os namorados, escuteiros e casados

Patrícia Silva e Rui Pinto transmitem agora aos mais jovens escuteiros o espírito da entreajuda.

24 de maio de 2015 às 12:45
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Há um sítio onde Patrícia Silva e Rui Pinto são conhecidos desde miúdos: o agrupamento 848 dos escuteiros de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa. ‘Pati’, assim lhe chamam os ‘lobitos’ lidera a ‘alcateia’ – ou seja, os que estão a dar os primeiros passos nos escuteiros. Rui dirige uma outra secção do agrupamento, mas ambos passam aos mais novos os valores do escutismo, do espírito de entreajuda e da amizade.

"Para retribuir agora aquilo que também nos ensinaram a nós", justificam. O destino também lhes deve ter ficado reconhecido e, com as suas voltas e curvas, retribuiu-lhes à altura: foi de farda e lenço que se conheceram. Desde então, nunca mais se largaram, apesar da elasticidade que tiveram de arranjar entre o trabalho por turnos – ela é enfermeira no serviço de Urgências do Hospital de São José e ele veste a farda da Guarda Nacional Republicana.

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As profissões contribuem para o enlevo mútuo. Ele respinga orgulho quando diz que "ela salva muitas vidas", no serviço de Urgências do hospital. Ela sente-se "segura" nos braços dele. E assim vão andando até ao dia em que trocarem alianças e finalmente começarem a viver juntos.

 

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PROVA DE AMOR

O ninho está a ser ocupado e decorado a pouco e pouco, para passar a ser a casa deles, a casa da família que um dia querem criar. "Os nossos filhos, que serão a continuação e a expressão deste nosso amor", afirma Rui, revelando aquele que é um dos maiores desejos do casal, para concretizar a curto prazo.

Mas não se pense  que conquistar uma escuteira é tarefa fácil! "A Patrícia fez-me dar-lhe uma espécie de prova de amor", confessa.

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"Fomos acampar e houve uma atividade de canoagem. Eu tinha-lhe perguntado se ela sabia nadar e ela respondeu--me que não. Talvez por isso, fiquei mais vigilante. A canoa acabou mesmo por se virar e eu saltei para o rio para a ir buscar. Afinal, quando a consegui alcançar, confessou-me que sabia nadar e que só fizera aquilo para ver até que ponto eu a amava e se era capaz de largar tudo a correr por ela." E realmente largou, de tal forma que até perdeu os chinelos!  Ao lado, a noiva ouve e sorri, corada. Os netos, adivinha-se, vão rir mesmo à gargalhada.

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