"Esta viagem é algo especial, de oração"
Papa entregou a Marcelo Rebelo de Sousa um mosaico dos 100 anos das Aparições.
Uma viagem a Fátima que é "algo especial, de oração", e de "encontro com o Senhor e com a Santa Mãe de Deus." Foi assim que, ainda no avião e pouco antes de encontrar Marcelo Rebelo de Sousa no fundo das escadas, o Papa Francisco descreveu a sua vinda como peregrino a Portugal.
O Santo Padre mostrou isso mesmo no presente entregue ao Presidente da República: um mosaico dos 100 anos das Aparições. É, de acordo com a Santa Sé, "uma interpretação de um desenho que representa simbolicamente a história e a natureza contemporânea das Aparições de Nossa Senhora de Fátima". Realizada no Vaticano, a obra "representa na parte inferior os três pastorinhos", Francisco, Jacinta e Lúcia, "em oração perante a Virgem", enquadrados pelas velas dos peregrinos em procissão e Nossa Senhora em cima da azinheira.
Já Marcelo Rebelo de Sousa entregou a Francisco um oratório de madeira, com uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, da Vista Alegre, feito nas oficinas da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva. É uma réplica de um oratório portátil, português do século XVII.
Francisco aparentava estar cansado, mas manteve sempre o seu sorriso característico. Rezou na capela da base, onde deixou um quadro com a imagem de São Francisco de Assis.
A viagem de helicóptero entre a base aérea e Fátima durou 20 minutos, tendo circundado o recinto o Santuário, com o Papa à janela a apreciar a moldura humana.
Milhares no caminho para o Santuário
Reunião e jantar com grupo restrito
"Momento singular para os portugueses"
"O País vive Fátima há muitas décadas intensamente. Neste momento mais intensamente porque é um centenário, porque há dois novos santos, porque o Papa vem, e a conjugação disto tudo é que é única. E sendo único os portugueses percebem que é um momento singular que estão a viver", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República falou ainda dos enormes sacrifícios que os peregrinos de Fátima fazem. "Às vezes, a nós intelectuais custa-nos entender, mas esta é uma forma de expressão da fé, e não há duas maneiras iguais de viver a fé", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.
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