A edição de hoje
Santo Padre despediu-se de Nossa Senhora de Fátima como um qualquer peregrino.
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Com o recinto a rebentar pelas costuras, assim como a esplanada que envolve a Basílica da Santíssima Trindade, o Papa celebrou o Centenário das Aparições de Fátima e canonizou os Pastorinhos Jacinta e Francisco, naquela que foi primeira canonização realizada em Portugal.
Mais de 500 mil pessoas assistiram a estes acontecimentos históricos, sob excelentes condições meteorológicas e um ambiente recheado de alegria e de emoção.
O primeiro aplauso surgiu quando Jacinta e Francisco foram declarados ‘Santos da Igreja’. O grande momento, porém, aconteceu na Procissão do Adeus.
O Papa despediu-se da Virgem, acenando um lenço branco "como um qualquer peregrino". Um gesto que impressionou os fiéis. Francisco acenou energicamente o lenço do adeus, ao longo de toda a procissão que fez regressar a peanha (pedestal) alva de rosas à Capelinha das Aparições.
A este momento juntam-se outros dois, ambos do dia anterior: Francisco a rezar, sempre de pé – por dificuldades em colocar-se de joelhos – diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima e quando percorre o Santuário a pé antes da bênção e da Procissão das Velas.
As palavras do Papa, enquanto olhava para Fátima, foram sempre amáveis – "Temos mãe" e "Uma senhora tão bonita". Mas não foi por isso que deixou de lançar alertas aos católicos. Advertiu para "o risco do Inferno" de uma vida sem Deus e sublinhou que Maria não pode ser uma "santinha a quem se recorre para obter favores a baixo preço".
Deixou também um claro recado à Igreja Católica: "O rosto jovem e belo da Igreja brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor".
A saída, pelo meio da multidão, permitiu um final apoteótico. Emoções que vão ser guardadas para sempre.
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