Na edição de 2017, a sexta do Prémio Nacional de Agricultura, as nove categorias contaram com 17 premiados. Conheça-os.
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PR+ëMIOS AGRICULTURA FINAL - 2018-03-02 [CMTv].mp4
Autoestima é a palavra que resume a sexta edição do Prémio Nacional de Agricultura. Na cerimónia de entrega dos galardões, no salão nobre do Hotel Ritz, em Lisboa, o ministro Luís Capoulas Santos realçou que essa, a autoestima, é a grande diferença da agricultura de hoje quando comparada com a de há 40 anos.
Entre as quase 1300 candidaturas, o júri, com a prestimosa ajuda da PwC, decidiu, para além dos nove vencedores, atribuir oito menções honrosas.
Ricardo Machado, que trocou a Engenharia Aeronáutica pela produção de mirtilos (Mirtifruto), venceu o prémio ‘Jovem Agricultor’.
A Nativa Land, empresa de produção de plantas de batata doce, conquistou o prémio ‘Novos Projetos’ e a ADVID - Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense, foi a galardoada na categoria ‘Associações e Cooperativas’.
A Montiqueijo, que, na zona da Grande Lisboa, abarca todo o arco da produção, foi a vencedora na categoria ‘Empresas’ e a Sorgal - Sociedade de Óleos e Rações conquistou o prémio ‘Grandes Empresas’.
A categoria ‘Produto Excelência’ foi atribuída à cortiça, um produto natural, que representa mil milhões de euros de exportações, e a ‘Produção Bio’ foi conquistada pela Ervital - Plantas Aromáticas e Medicinais.
Falta dizer que a Horta Pronta conquistou o prémio ‘Inovação’ e que o galardão ‘Personalidade do Ano’ foi atribuído ao Comendador Arménio Miranda.
Agricultura foi aposta certeira
"A decisão que em tempos tomámos de apoiar fortemente a agricultura revelou-se totalmente acertada. Basta ver a dinâmica exportadora do setor e o peso crescente na economia nacional e no Produto Interno Bruto [PIB] do País."
As palavras de Pedro Barreto, administrador do BPI, foram proferidas na cerimónia de entrega dos galardões do Prémio Nacional de Agricultura e asseguram que se revelou um tiro certeiro o facto de o BPI ter direcionado as suas dinâmicas para o setor primário.
Lembrando que "a agricultura, incluindo a fileira florestal, representa 6 por cento do PIB português, 13 por cento do emprego e 14 por cento das exportações", Pedro Barreto realçou que "a aposta que foi certeira há uma década continua a sê-lo, com a garantia de a agricultura se ter tornado numa certeza".
Quanto ao prémio, Pedro Barreto sublinha que "quase 1300 candidaturas oriundas de todos os setores e das mais diversas regiões do País revelam, por um lado, a importância do setor e, por outro, a inegável relevância deste prémio".
"Damos voz aos agricultores"
"O CM, o ‘Jornal de Negócios’ e a CMTV, líderes de audiências, continuarão a dar destaque e a acarinhar a agricultura", disse Armando Esteves Pereira, diretor-geral editorial adjunto do grupo Cofina. Realçando que "nos nossos meios damos voz aos agricultores", Armando Esteves Pereira lembrou que a luta centra-se agora nas alterações climáticas.
Capoulas Santos defende mais regadio para combater a seca
Sabendo que as alterações climáticas constituem o maior dos desafios que a agricultura enfrenta, o ministro Luís Capoulas Santos destacou, na cerimónia de entrega dos galardões do Prémio Nacional de Agricultura, uma obra que, além de ser das mais importantes da década, será um dos meios mais eficazes de combate às mudanças do clima, nomeadamente à seca, que é, resultado dessas alterações, a que mais afeta o nosso país e a nossa agricultura: o Programa Nacional de Regadios.
"O financiamento está assegurado e vamos executar em Portugal, até 2021, mais 95 mil hectares de regadio, que permitirão a criação de cerca de dez mil novos postos de trabalho", afirmou o governante, assegurando que "é com medidas destas que ajudamos a promover o aumento da nossa produtividade, por um lado, e, por outro, contribuímos para o combate à seca, que nos tem atingido de forma muito agreste".
O programa, que já foi aprovado, prevê o alargamento do regadio de Alqueva em mais 50 mil hectares (chegando aos 170 mil) e a construção ou recuperação de regadios em diversas zonas do País, com destaque para as regiões das Beiras, Minho e Trás-os-Montes.
Assegurando a grande vitalidade da agricultura, Capoulas referiu que, "em apenas três anos e no âmbito do PDR2020, foram apresentados ao Ministério da Agricultura 48 293 projetos, mais do que os que foram apresentados em todo o programa anterior".
De resto, o governante salientou o extraordinário progresso do setor, declarando que "a grande diferença entre a agricultura de hoje e de há 40 anos está no estatuto social e na autoestima dos agricultores".
Prémio revela dinamismo
"O dinamismo deste setor só é comparável ao do Prémio Nacional de Agricultura, que, em seis anos, passou de 60 para 1300 candidaturas", disse o ministro Capoulas Santos.
Reforma da PAC avança
O titular da pasta da Agricultura diz que a reforma da PAC "está a avançar", mas, por causa do Brexit, está difícil manter o envelope financeiro para o setor.
"Este prémio é uma honra e um estímulo"
"Poder, aos 80 anos, dizer que nunca trabalhei muito e sempre me diverti imenso e ver a minha atividade distinguida como de utilidade pública, obriga-me a estar grato a todos os que a valorizam. Digo, por isso, que este prémio é uma honra e um estímulo. E sobretudo um conforto."
Apresentado como "um exemplo de integridade, seriedade, trabalho, humildade, perspicácia e inteligência", o comendador Arménio Miranda foi o vencedor do prémio Personalidade, na edição 2017 do Prémio Nacional de Agricultura.
Natural de Roriz, concelho de Barcelos, Arménio Miranda destacou-se ao serviço da Longa Vida, onde criou uma alargada e inovadora gama de iogurtes, que foram sendo, ao longo dos tempos, imitados por outras empresas do ramo.
Empreendedor nato, avançou, em 1987, para a edificação do projeto da sua vida: a empresa Frulact, que hoje é administrada pelos filhos e que emprega mais de 700 pessoas.
"Este prémio é muito especial. Não tanto pela notoriedade pública que confere, mas por sentir que terei sido útil à atividade mais nobre do ser humano: a agricultura", afirmou o contemplado.
Os rostos dos nove vencedores de 2017Uma sala cheia aplaudiu os 17 vencedores do Prémio Nacional de Agricultura. A cerimónia, apresentada pela jornalista da CMTV Andreia Vale, contou com a presença do ministro da Agricultura.
Luís Capoulas Santos disse que o Ministério da Agricultura patrocina esta iniciativa "porque ela potencia a divulgação das muitas boas práticas do setor e contribui de forma decisiva para o fortalecimento da autoestima dos nossos agricultores".
Os vencedores, Ricardo Machado, ADVID, Nativa Land, Montiqueijo, Ervital, Horta Pronta, Sorgal, APCOR – fiel depositária do troféu atribuído à Cortiça – e Arménio Miranda, foram unânimes em realçar a importância desta distinção.
"Este prémio é uma honra e um estímulo", disse o comendador Arménio Miranda, vencedor do prémio Personalidade do Ano, sublinhando a "fulcral" importância das distinções numa área "tão inovadora e tão relevante para a economia Nacional".
Armando Esteves Pereira, diretor-adjunto dos meios do grupo Cofina, louvou a dinâmica da agricultura portuguesa e a "enorme competência e resiliência dos nossos agricultores" e deixou a promessa de que o Correio da Manhã, o ‘Jornal de Negócios’ e a CMTV "estarão sempre disponíveis para dar voz aos homens e mulheres da terra".
"Divulgar as boas práticas, e são tantas, dos nossos agricultores, é um serviço público que nos orgulhamos de prestar", afirmou, no discurso de boas-vindas, Armando Esteves Pereira, lembrando a liderança, em todas as vertentes, das publicações do grupo Cofina.
Também Pedro Barreto, administrador do BPI, parceiro do CM e do ‘Jornal de negócios’, na realização do Prémio Nacional de Agricultura, realçou a importância da iniciativa e o facto de este prémio ajudar "ao reforço do mais dinâmico setor da nossa Economia".
Destaque para o júri, Amândio Santos, António Fontainhas Fernandes, António Serrano, António Vicente, Arlindo Cunha, Clara Moura Guedes, Eduardo Almendra, Eduardo de Oliveira e Sousa, Emídio Gomes, João Ferreira do Amaral e Pedro Barreto, e para a PwC, que gere todo o processo das candidaturas. Prémio jovem agricultor, vencedor: Mirtifruto
Prémio jovem agricultor, vencedor: Mirtifruto
Prémio associação e cooperativas, vencedor: ADVID
José Manso é o presidente da direção da Associação de Desenvolvimento da Viticultura duriense. A ADVID tem por objetivo desenvolver técnicas de vitivinicultura sustentáveis, como por exemplo a escolha de materiais vegetativos.
Prémio empresas, vencedor: Montiqueijo
Dina Duarte gere uma empresa de origem familiar, nascida em 1963, que aposta na produção sustentável e é vocacionada para a exportação. A China é o novo destino dos queijos desta empresa da grande Lisboa.
Prémio novos projetos, vencedor: Nativa Land
Nuno Carrapatoso e Tiago Santos querem fazer da Nativa Land a maior empresa de produção de planta de batata doce da Europa e do Médio Oriente. O objetivo é aumentar a produtividade dos agricultores e a produção de plantas livres de vírus.
Prémio inovação, vencedor empresas: Horta Pronta
José Artur Vala faz parte da liderança de uma organização de produtores da região de Peniche, dedicada a produtos hortícolas, numa área próxima dos 600 hectares. Criada em 1990, conta já com 90 produtores e aposta forte na tecnologia e numa produção controlada desde a sementeira à colheita e à venda.
Prémio produção bio, vencedor: Ervital
Joaquim Morgado administra uma empresa de produção de plantas aromáticas e medicinais, fundada em 1997 em Castro D’aire, e respeita com todo o rigor os critérios de produção sem recurso a pesticidas e adubos químicos.
Prémio grandes empresas, vencedor: Sorgal
António Isidoro é o líder de uma organização que faz da inovação o oxigénio da sua atividade. Dedicada à produção de alimentos para animais, a Sorgal nasceu há 75 anos, tem três unidades e quer continuar a crescer.
Prémio produto excelência, vencedor: Cortiça
João Rui Ferreira preside à associação portuguesa dos produtores de cortiça e recebeu o prémio que distinguiu um dos mais carismáticos produtos nacionais e cuja exportação rende mil milhões de euros.
Prémio personalidade, vencedor: Arménio Miranda
O fundador da Frulact e mentor de novas formas de iogurte e outros produtos lácteos, é um dos nomes mais respeitados na agricultura e na agroindústria portuguesas. Natural de Roriz, Barcelos, é conhecido por ser um líder que alia na perfeição inteligência, perspicácia e humildade.
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