Aliados de Lula e Dilma manifestam apoio na rua
Aliados dos líderes do PT organizaram protestos em 40 cidades.
No que pretendeu ser a resposta às manifestações que domingo passado reuniram milhões de pessoas exigindo a renúncia de Dilma Rousseff e a prisão de Lula da Silva, partidos e movimentos sociais aliados da presidente e do ex-governante foram ontem às ruas por todo o Brasil.Em São Paulo, Lula, nomeado quinta-feira ministro da Casa Civil, levou a multidão ao delírio ao afirmar que tinha ido para o governo para ajudar Dilma a fazer o que o Brasil precisa: crescer.
Pelo menos em 40 cidades houve atos contra a destituição de Dilma, que tramita no parlamento, e em defesa de Lula, alvo de denúncias de corrupção, sendo de destacar, além de São Paulo, manifestações em Salvador e Rio de Janeiro. Com profusão de camisolas encarnadas e slogans como "Não vai ter golpe!" e "Mexeu com Lula mexeu comigo", as manifestações decorreram na maior parte dos casos sem incidentes de monta.
Em cidades onde manifestantes anti-Dilma e anti-Lula estão nas ruas desde quarta-feira exigindo a renúncia da presidente, os aliados escolheram para os atos de ontem locais distantes, para evitar confrontos, exceto em São Paulo, onde a polícia retirou os opositores à força da Avenida Paulista.
Entretanto, a justiça de São Paulo suspendeu a posse de Lula como ministro, que na véspera já tinha sido suspensa e validada duas vezes.
Milhares de pessoas nas ruas
Os protestos foram substancialmente menores do que os realizados no passado domingo a favor da destituição da Presidente, Dilma Rousseff, e contra o Partido dos Trabalhadores (PT), que integra o Governo.
Na altura, foram às ruas 3,6 milhões de pessoas, segundo a polícia militar, e 6,8 milhões, de acordo com a organização.
Lula vai ajudar "Dilma" Rousseff
O antigo governante garantiu que "não vai ter golpe" e afirmou que volta ao Governo para "ajudar Dilma".
"Não vou lá para brigar, vou lá para ajudar a companheira Dilma a fazer o que tem de ser feito no país", afirmou Lula da Silva.
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