Antigo enfermeiro admite ter matado 100 pacientes na Alemanha
Niels Högel admitiu os crimes na primeira sessão do julgamento.
O antigo enfermeiro Niels Högel admitiu esta terça-feira ter matado 100 pacientes em dois hospitais do norte da Alemanha.
A confissão teve lugar no primeiro dia do julgamento do mais letal homicida em série da Alemanha do pós-guerra. "Tudo quanto admiti é verdade", afirmou o assassino, quando o juiz Sebastian Buehrmann lhe perguntou se as acusações eram válidas.
Högel tinha já sido condenado a 15 anos de cadeia por dois homicídios de pacientes a seu cargo, pena posteriormente agravada para perpétua.
O atual julgamento resulta de novas investigações feitas depois de Högel, de 41 anos, admitir a um psiquiatra ter matado pelo menos 30 pacientes.
O enfermeiro é agora acusado de matar 36 pessoas no hospital de Oldenburg e 64 no vizinho hospital de Delmenhorst. A acusação baseia-se em exames toxicológicos a mais de 130 cadáveres exumados de pacientes que faleceram naqueles hospitais quando Högel neles prestou serviço, entre 1999 e 2005.
Os exames revelaram a presença de substancias que ele mesmo confessou ter injetado em doentes a seu cargo para causar paragem cardíaca. O objetivo era ressuscitá-los para ser visto como um herói pelos colegas.
O ‘anjo da morte’ foi apanhado pela primeira vez em 2005 a injetar medicamentos não receitados em Delmenhorst, o que o levou a ser condenado a sete anos por tentativa de homicídio. O julgamento posterior, em 2014 e 2015, viria a ditar a pena máxima após recursos.
O enfermeiro diz "lamentar sinceramente" e faz votos para que as famílias possam encontrar paz.
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