Deputados brasileiros passeiam com dinheiro público. Lisboa foi um dos destinos

Câmara dos Deputados gastou quase um milhão de euros com viagens de trabalho no ano passado.

Deputado José Airton Cirilo junto à estátua de Eusébio, no Estádio da Luz Foto: Direitos Reservados
Cirilo também visitou o Estádio de Alvalade Foto: Direitos Reservados
O Santuário de Fátima foi outra das paragens do deputado brasileiro Foto: Direitos Reservados
Joaquim Passarinho com a mulher no Vaticano Foto: Direitos Reservados
Alexandre Valle na sede da ONU, em Nova Iorque Foto: Direitos Reservados

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Deputados brasileiros usaram verbas públicas para viajarem pelo Mundo e conhecerem destinos turísticos famosos, incluindo Lisboa.

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Um levantamento feito pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’ mostra que, em média, 26 deputados brasileiros viajam todos os meses para o estrangeiro em duvidosas missões legislativas.

Em maio, por exemplo, oito deputados viajaram para a capital portuguesa e um deles, José Airton Cirilo, fez questão de visitar os estádios da Luz e de Alvalade e o Santuário de Fátima. Outros deputados publicaram nas redes sociais fotos tiradas no Vaticano ou em Du- brovnik, na Croácia, enquanto 37 deputados foram no ano passado a Nova Iorque como observadores à Assembleia-Geral da ONU, numa viagem que custou 151 mil euros.

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Só de janeiro de 2018 a janeiro de 2019, a Câmara dos Deputados gastou quase um milhão de euros nessas viagens, devidamente autorizadas pelo presidente daquele órgão, Rodrigo Maia.

Teoricamente, o objetivo das viagens é mostrar aos deputados práticas legislativas e políticas públicas implementadas noutras partes do Mundo, mas as publicações destes nas redes sociais mostram que passaram grande parte do tempo em lazer e turismo, e os relatórios que são obrigados por lei a fazer são muitas vezes cópias de textos disponíveis na internet.

Recurso de Lula pode ser adiado

O Supremo Tribunal brasileiro deverá adiar o julgamento, marcado para esta terça-feira, do recurso em que o ex-presidente Lula da Silva pede a anulação da sentença que o levou para a prisão alegando que o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, foi parcial.

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Vários juízes daquele tribunal defenderam o adiamento da sessão para terem mais tempo para analisar as mensagens que mostram uma alegada coordenação entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato, para condenar Lula.

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