"Até à última gota de sangue": Tribo da Amazónia promete proteger a 'terra sagrada'

Maior floresta do mundo está a ser ameaçada por incêndios. Indígenas prometem não desistir do 'pulmão do mundo'.

23 de agosto de 2019 às 17:38
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No coração da Amazónia, os indígenas Mura juraram há muito proteger o seu território sagrado de agricultores, lenhadores e incêndios. Durante as últimas semanas, um número recorde de incêndios florestais tem dizimado este 'pulmão mundial'.

Os fogos no Brasil quase que duplicaram este ano em comparação com o período homólogo do ano passado, segundo as autoridades brasileiras, que alertaram para uma tragédia global.

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Estes incêndios florestais acontecem no primeiro ano de Jair Bolsonaro à frente do Governo brasileiro. Durante o seu mandato, o líder de direita já havia protestado contra as multas ambientais para os agricultores e apelou para que as reservas indígenas e outras áreas protegidas fossem abertas para o "desenvolvimento" da região.

Foi também contra o presidente que a tribo Mura - que conta com uma história de resistência na Amazónia - jurou lutar. Estes indígenas sobreviveram à colonização portuguesa durante a época dos descobrimentos e mantiveram as suas gerações. Ao longo dos anos resistiram a epidemias como o sarampo e a varíola.

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Hoje em dia, existem cerca de 15 mil pessoas Mura no Brasil que têm acesso a uma zona indígena especial para pescar e extrair produtos florestais como seus antepassados têm feito ao longo da história. 

Mas agora, estes nativos temem que a sua tradição e cultura esteja a enfrentar a maior de todas as ameaças: a destruição da Amazónia.

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