Presidente francês anunciou que, nestas condições, França vai votar contra o acordo de comércio livre UE-Mercosul.
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O Presidente de França, Emmanuel Macron, acusou sexta-feira o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de mentir em matéria de compromissos ambientais e anunciou que, nestas condições, França vai votar contra o acordo de comércio livre UE-Mercosul.
"Tendo em conta a atitude do Brasil nas últimas semanas, o Presidente da República não pode se não constatar que o Presidente Bolsonaro lhe mentiu na Cimeira de Osaka", afirmou a presidência francesa, referindo-se à Cimeira do G20 que se realizou no final de junho.
"O Presidente Bolsonaro decidiu não respeitar os compromissos ambientais e não se empenhar em matéria de biodiversidade. Nestas condições, França opõe-se ao acordo com o Mercosul tal como está", acrescentou.
Emmanuel Macron manifestou na quinta-feira preocupação com os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia, a maior floresta tropical do planeta ,evocando uma "crise internacional" e pedindo aos países industrializados do G7 "para falarem desta emergência" na cimeira que os reúne este fim de semana em Biarritz (sudoeste de França).
Jair Bolsonaro, respondeu acusando o homólogo francês de ter "uma mentalidade colonialista descabida" ao "instrumentalizar" o assunto propondo que "assuntos amazónicos sejam discutidos no G7, sem a participação dos países da região".
O acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi fechado a 28 de junho, depois de 20 anos de negociações.
O pacto abrange um universo de 740 milhões de consumidores, que representam um quarto da riqueza mundial.
A Irlanda ameaçou também esta sexta-feira votar contra o acordo comercial se o Brasil não tomar medidas para proteger a floresta amazónica.
"Não há qualquer forma de a Irlanda votar a favor do acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul se o Brasil não respeitar os seus compromissos ambientais", afirmou o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar.
"Estou muito preocupado com os níveis recorde de destruição pelo fogo da floresta amazónica este ano", acrescentou, numa nota à agência France-Presse.
Numa entrevista à agência EFE esta sexta-feira divulgada, o embaixador da UE em Brasília, Ignácio Ybáñez, destacou o empenho do Brasil na aplicação do acordo, mas recordou a Bolsonaro a "aposta clara" do acordo no cumprimento do acordo de Paris sobre alterações climáticas.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro, os incêndios no Brasil aumentaram 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.
Segundo o INPE, a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.
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