A descida em Marte como nunca se viu
NASA revelou uma imagem da perigosa aproximação do ‘Perseverance’ à superfície do planeta vermelho.
Superada na quinta-feira a aterragem em Marte, etapa mais arriscada da missão, o rover ‘Perseverance’, da NASA, o mais sofisticado laboratório alguma vez enviado para outro mundo, estava esta sexta-feira já a recolher amostras no Planeta Vermelho, em busca de vestígios de vida. E enviou novas fotografias da chegada e da zona envolvente da cratera Jezero, foco da missão do rover.
Algumas das imagens reveladas esta sexta-feira foram captadas por um satélite e mostram o rover no momento da descida em paraquedas. O rover tem já milhares de dados no seu banco de memória, que aos poucos envia para a Terra. Nos próximos dias a NASA promete revelar mais imagens e pequenos vídeos, com som, boa parte deles mostrando a perigosa descida, os famosos ‘sete minutos de terror’, que nas últimas décadas, desde o início da exploração de Marte, nos anos 70, custaram a destruição de 60% das sondas enviadas para o planeta.
Os cientistas pensam que, se a viagem tivesse acontecido há 3,5 mil milhões de anos, o ‘Perseverance’ não estaria rodeado por um solo árido, mas sim no meio de um imenso lago de 45 km de diâmetro, alimentado por um rio caudaloso. É este cenário de sonho que o rover procura confirmar, ou infirmar, com a recolha de amostras com vestígios de vida passada no planeta, pois onde há água há geralmente vida. Mas convém lembrar que ninguém espera encontrar esqueletos de homenzinhos verdes e sim vestígios de vida microbiana.
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