Abutres em vias de extinção morrem ao comer restos de elefantes envenenados por caçadores furtivos
Caçadores furtivos envenenam a carne de elefante que é comida pelos abutres.
As populações de abutres em vias de extinção em África estão a ser ameaçadas. Os animais comem os restos mortais dos elefantes que são abatidos e envenenados por caçadores furtivos.
Embora se desconheça o motivo concreto do envenenamento, os caçadores furtivos normalmente contaminam os restos mortais de elefantes abatidos com o objetivo de matar os abutres, que costumam voar em círculos no céu quando um animal morre e, acabam por alertar as autoridades que protegem os parques naturais sobre essa atividade ilegal.
Nos últimos 20 meses, mais de 1036 abutres foram encontrados mortos no continente africano, refere Antonio Margalita, investigador do IREC -CSIC, num artigo publicado na revista Science, citado pelo jornal espanhol El País.
No ano de 2018, em Moçambique, foram encontrados 87 abutres mortos pela mesma causa. Em 2019, morreram envenenados 573 abutres no Botsuana e na Zuzulândia (África do Sul).
As autoridades botsuanas referem que o envenenamento foi causado por um "produto químico venenoso" encontrado nos cadáveres de três elefantes, o que provocou "uma importante mortalidade de abutres e águias".
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