Grécia: acordo possível em duas semanas
Alexis Tsipras defende o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, mostrou-se ontem confiante de que o seu país chegará a acordo com os credores e os parceiros europeus, "no máximo, dentro de duas semanas", mas admitiu levar a referendo todas as reformas que "ultrapassarem o mandato popular" recebido pelo seu governo, abrindo novo foco de tensão com o Eurogrupo.
Tsipras, que na segunda-feira remodelou a equipa encarregada das negociações com os credores para afastar o cada vez mais isolado Varoufakis, disse em entrevista à TV grega que a mudança permitirá acelerar as conversações e obter resultados "na próxima semana ou, no máximo, dentro de duas semanas".
Sobre a decisão de afastar o controverso ministro das Finanças, Tsipras defendeu o seu trabalho, mas admitiu que já não havia condições para que continuasse a liderar as negociações. "Varoufakis irritava os colegas porque falava a linguagem deles melhor do que eles", afirmou.
Tsipras avisou ainda que qualquer concessão que esteja fora do programa eleitoral do Syriza será submetida a referendo, intenção já criticada pelo líder do Eurogrupo. "Um referendo custa dinheiro, aumenta a incerteza política e não temos tempo para isso", avisou Jeroen Dijsselbloem, frisando que o tempo urge. "Sem mais ajudas, a Grécia não se safa", disse.
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