Agência norte-americana identificou mais de 700 páginas de documentos classificados no resort de Trump
Material foi recuperado em janeiro pela Agência Nacional de Arquivos. FBI voltou a realizar buscas este mês no resort de Mar-a-Lago.
Os Arquivos Nacionais dos EUA alertaram para mais de 700 páginas de documentos classificados como confidenciais na residência do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, recuperados no início desde ano.
O material classificado, recuperado em janeiro pela Agência Nacional de Arquivos e Registos (NARA), permite ter mais informações sobre o que levou o FBI a realizar buscas este mês no resort de Trump em Mar-a-Lago, Palm Beach, na Flórida.
De acordo com uma carta enviada pela arquivista interina dos Estados Unidos Debra Steidel Walla a Evan Corcoran, advogado de Trump, em maio deste ano, a agência, responsável pela preservação dos registos governamentais norte-americanos, revelava preocupação com informações e manuseio de documentos por parte de Trump de documentos presidenciais que, por lei, pertenciam ao governo norte-americano.
"A NARA identificou itens marcados como informações classificadas de segurança nacional, até ao nível de ultra-secreto e incluindo informações confidenciais compartimentadas e materiais do Programa de Acesso Especial", escreveu Wall na altura.
Durante as buscas de 8 de agosto, os agentes do FBI recuperaram mais de 20 caixas adicionais com cerca de 11 conjuntos de registos marcados como 'classificados' e alguns até "top secret".
De acordo com a agência Reuters, que cita a carta, a equipa jurídica de Trump alegava que precisava de mais tempo para determinar se havia algum registo coberto por aquilo a que chamavam um "privilégio executivo" que permitisse ao presidente proteger alguns registos.
No entanto, a administração do atual Presidente, Joe Biden, rejeitou o pedido.
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