Juiz prolonga detenção de Andrew Tate de 24 horas para 30 dias. Ex-pugilista recorre da decisão
Advogado alega que "não há provas" para apoiar as acusações de tráfico humano.
Andrew Tate chegou a um tribunal na Roménia algemado, esta terça-feira de manhã, para recorrer da decisão anterior de um juiz de prolongar o seu período de detenção de 24 horas para 30 dias, sob a acusação de fazer parte de um grupo de crime organizado, tráfico de seres humanos e violação. O tribunal deverá pronunciar-se esta terça-feira sobre o recurso interposto por Andrew Tate contra a sua detenção.
O ex-kickboxer de 36 anos saiu da parte de trás de uma carrinha da polícia algemado ao irmão enquanto segurava o Corão, livro sagrado do Islão.
O advogado de Andrew Tate alega que "não há provas" para apoiar as acusações contra ele ou o irmão.
"A possibilidade de os suspeitos escaparem à investigação, deixarem a Roménia e estabelecerem-se em países que não permitem a extradição, dadas as suas possibilidades financeiras e comentários públicos a esse respeito, não pode ser ignorada", disse o juiz do tribunal no registo escrito que aprova a detenção.
Os procuradores apreenderam 15 veículos de luxo e mais de 10 propriedades e casas pertencentes aos suspeitos, disse à Reuters Ramona Bolla, porta-voz da unidade de crime anti-organizado romena DIICOT. A apreensão destinava-se a impedir que os bens fossem vendidos ou escondidos.
Se o tribunal cumprir o mandado de captura e a investigação necessitar de mais tempo, os procuradores podem solicitar a aprovação de novas prorrogações de até 180 dias de detenção ao abrigo da lei romena.
Tate ganhou notoriedade por comentários misóginos e discursos de ódio, discurso que o baniu de todas as principais plataformas de comunicação social. O antigo kickboxer profissional, de nacionalidade norte-americana e britânica, afirmou que as mulheres são parcialmente responsáveis por serem violadas e que pertencem aos homens.
Mudou-se para a Roménia depois de ter sido investigado no Reino Unido sob acusações de agressão sexual, que acabaram por ser retiradas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt