Jornalista saudita morto no consulado em Istambul

Informação foi avançada pela polícia turca, segundo a agência France-Presse.

04 de outubro de 2018 às 06:28
Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita Foto: Twitter
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A polícia turca admitiu este sábado que o jornalista saudita Jamal Khashoggi, dado como desaparecido desde terça-feira em Istambul, foi morto no consulado do seu país, indicou à agência noticiosa France-Presse (AFP) uma fonte próxima do Governo.

"Nas suas primeiras conclusões a polícia considera que o jornalista foi morto no consulado por uma equipa que de deslocou especialmente a Istambul e partiu no mesmo dia", declarou esta fonte.

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A polícia turca já tinha referido que um grupo de sauditas se deslocou ao consulado do seu país em Istambul quando Khashoggi se encontrava no local, e que o jornalista nunca deixou a representação diplomática, onde de deslocou devido a uma questão burocrática.

A Arábia Saudita já tinha declarado, no dia quatro de outubro,que Jamal Khashoggi, jornalista saudita crítico do poder em Riade, desapareceu depois de ter saído do consulado do país, em Istambul.

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O consulado-geral da Arábia Saudita em Istambul "efetuou os procedimentos de acompanhamento e de coordenação com as autoridades locais turcas para descobrir as circunstância do desaparecimento de Jamal Khashoggi, depois de ter saído do edifício do consulado", de acordo com um comunicado publicado pela agência de notícias oficial saudita SPA.

Khashoggi, que se exilou nos Estados Unidos em 2017, foi dado como desaparecido pela noiva de nacionalidade turca, depois de ter entrado na terça-feira no consulado saudita em Istambul.

EUA pedem investigação transparente sobre desaparecimento de jornalista 

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Os Estados Unidos pediram uma investigação "exaustiva e transparente" sobre o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi, depois de a Turquia ter pressionado a Arábia Saudita a esclarecer o caso.

"Pedimos ao Governo da Arábia Saudita que apoie uma investigação exaustiva sobre o desaparecimento de Khashoggi e que seja transparente sobre os resultados da investigação", disse, em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

Pompeo acrescentou que "altos funcionários do Departamento de Estado já abordaram a questão com o reino saudita através de canais diplomáticos".

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