Atrasos na produção e distribuição de vacinas contra a Covid-19 geram preocupação na Europa
Produção em atraso de empresas da União Europeia está levar países como a Itália a comercializar com a Rússia.
Várias empresas responsáveis pela produção das vacinas contra a Covid-19 estão com dificuldades em dar resposta às encomendas que surgem da Europa.
A Johnson & Johnson está a enfrentar uma crise no abastecimento das vacinas, podendo comprometer a distribuição das doses no continente. Isto acontece depois de outras duas grandes farmacêuticas responsáveis pela produção de vacinas contra o vírus Sars-CoV-2, a Pfizer e a AstraZeneca, terem reduzido as entregas para a União Europeia.
Para além disso, a chefe do conselho da Agência Europeia do Medicamento, Christa Wirthumer-Hoche, criticou a forma como a Rússia disponibilizou a vacina Sputnik V, sem ter sido realizada a terceira fase dos testes antes da comercialização: "jogaram a roleta russa".
A grande cobaia foi a Itália, que recorreu à Sputnik V para vacinar a população desesperadamente, fazendo inclusive um acordo com uma empresa ítalo-suíça para produzir a vacina no país sul-europeu.
A Alemanha, por sua vez, conseguiu vacinar apenas 5% da população, enquanto um milhão de doses da AstraZeneca permanecem armazenadas em câmaras frigoríficas. O impasse já fez despertar o interesse pela vacina russa, que, segundo os cientistas, tem uma eficácia de 92%.
Até agora, foram apenas distribuídas vacinas a 6% da população da Comunidade Europeia, enquanto que, no Reino Unido, esse valor é de 33%.
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