Ban Ki-moon pede trégua no Iémen
O secretário-geral da ONU vincou a importância de "fazer chegar a ajuda humanitária às populações".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu esta segunda-feira uma trégua humanitária imediata no Iémen, na abertura em Genebra de conversações de paz entre o governo no exílio e os rebeldes xiitas 'huthis'.
"Não temos um momento a perder", disse Ban, frisando que o conflito armado no Iémen "deu força a alguns dos mais brutais grupos terroristas do mundo".
"Espero que esta semana marque o princípio do fim dos combates", disse o secretário-geral, sublinhando a importância de fazer chegar a ajuda humanitária às populações.
As Nações Unidas têm descrito a situação humanitária no Iémen como "catastrófica", com 80% da população, ou 20 milhões de pessoas, a precisar de ajuda, e mais de 2.600 mortos, na maioria civis.
"O Ramadão começa dentro de dois dias", prosseguiu Ban, referindo que o mês sagrado dos muçulmanos deve ser um período de harmonia, paz e reconciliação.
Pedido de cessar-fogo
Ban pediu um cessar-fogo "de pelo menos duas semanas" e apelou às partes em conflito para negociarem "tréguas locais" e "retirarem os grupos armados das cidades".
As conversações de paz iniciaram-se em Genebra sem a delegação dos rebeldes xiitas, cujo voo sofreu um atraso no Djibouti.
Segundo Ban, o atraso deve-se a razões logísticas e não vai prejudicar as conversações.
Mas, segundo observadores, é "muito improvável" que as reuniões na Suíça permitam avanços significativos no confronto entre os rebeldes xiitas, apoiados pelo Irão, e o governo no exílio, apoiado pela Arábia Saudita.
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