Bélgica: Liberdade antecipada para ex-mulher de pedófilo
A justiça belga aprovou esta segunda-feira o pedido de liberdade antecipada da ex-mulher do pedófilo belga Marc Dutroux, Michelle Martin, após o cumprimento de metade da pena de 30 anos.
Os advogados da ex-mulher de Marc Dutroux - de quem Michelle, de 51 anos, se divorciou em 2003, um ano antes do julgamento no Tribunal Criminal de Arlon (sul) - pediram a 26 de Abril, pela quarta vez desde 2007, a liberdade condicional da sua cliente.
Se o Ministério Público, que se opôs à libertação, não recorrer, Michelle Martin será libertada na terça-feira, cerca de 15 anos depois da detenção a 13 de Agosto de 1996, no mesmo dia de Marc Dutroux. Segundo a lei belga, um condenado pode pedir liberdade antecipada depois de ter cumprido um terço da pena.
O tribunal exigiu que Michelle Martin não se aproxime da vizinhança das famílias das vítimas, que as continue a indemnizar e que se abstenha de contactos com os media, indicou o advogado da família de uma das vítimas de Marc Dutroux.
Michelle Martin foi condenada em Junho de 2004 a 30 anos de prisão por ter sequestrado várias vítimas do pedófilo e pela sua responsabilidade na morte de duas delas, Julie Lejeune e Melissa Russo, de oito anos.
Durante o julgamento, a professora e mãe de três filhos, nascidos da união com Dutroux, admitiu ter fechado a porta da velha cisterna de cimento onde as duas raparigas estavam em cativeiro, enquanto o marido esteve sob custódia devido a outro caso, deixando-as morrer à fome.
Marc Dutroux foi condenado a prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade antecipada, como culpado do rapto, sequestro e violação de seis raparigas entre Junho de 1995 e Agosto de 1996, assim como do assassínio de duas delas e da morte de Julie e Melissa.
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