Bélgica diz que "combatentes terroristas" ameaçam Europa
Alerta um mês após os atentados suicidas em Bruxelas.
As autoridades belgas alertaram esta terça-feira que mais "combatentes terroristas" pretendem regressar à Europa provenientes da Síria para efetuar novos ataques, um mês após os atentados suicidas em Bruxelas que provocaram 32 mortos.
"Existem muitas informações, por exemplo sinais de que combatentes terroristas estrangeiros, que estão na Síria, pretendem regressar não apenas à Bélgica mas à Europa para efetuar um ataque", disse à televisão RTBF Paul Van Tigchelt, responsável pelo centro de crise do Governo.
Tigchelt disse que a Bélgica vai mantar o seu alerta de terror no nível 3, o segundo mais elevado, devido a uma "ameaça terrorista em todo o país" e admitindo que a ameaça é "ainda considerada séria, grave e provável".
O inquérito aos atentados de 22 de março em Bruxelas, reivindicados pelo grupo 'jihadista' Daesh "está a decorrer de forma muito intensa (...) mas o perigo ainda não desapareceu", acrescentou Tigchelt.
A segurança permanece apertada em locais sensíveis como aeroportos, estações de caminho-de-ferro e centrais nucleares, disse, acrescentando que a segurança também pode ser reforçada em centros comerciais e cinemas. Dois bombistas suicidas fizeram-se explodir no aeroporto de Bruxelas e um terceiro na estação de metro de Maalbeek, nos piores atentados registados na Bélgica.
Mohamed Abrini, o quatro bombista envolvido nos atentados mas cujo dispositivo não funcionou, foi detido em 8 de abril em Bruxelas.
Nas últimas semanas registaram-se novas detenções, com a polícia belga a tentar desmantelar uma rede 'jihadista' com ligação aos atentados de Bruxelas e aos ataques de Paris em novembro. Salah Adbeslam, suspeito de envolvimento nos ataques de Paris, aguarda a extradição para França após a sua detenção no dia 18 de março em Bruxelas.
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