Estação foi palco dos atentados em Bruxelas.
A estação de metro de Maelbeek, cenário de um dos atentados que atingiram Bruxelas, reabriu esta segunda-feira aos passageiros, com a normalidade possível, entre altas medidas de segurança, coroas de flores e um "mural de memória" às vítimas.
Olivier Lenz, um bruxelense de origem luxemburguesa, frequentador habitual da estação de Maelbeek, explicou à Lusa, depois de também ele escrever uma mensagem em memória das vítimas, que foi por um par de minutos que escapou ao atentado suicida no metro, no bairro das instituições europeias na capital belga.
"Na verdade, estava na estação de Schuman, que é a estação anterior, porque estava na composição atrás daquela que foi atingida", disse, recordando a manhã de 22 de março, uma memória que admitiu ser recorrente, mas que não o impede de voltar aos seus hábitos anteriores ao ataque.
"Claro que estou contente por a estação reabrir e regressarmos à normalidade, mas continuo a pensar no que se passou a 22 de março. A minha vida continua de forma mais ou menos normal, na medida do possível, aqui em Bruxelas. Claro que penso muito (nos atentados), penso todos os dias, mas isso não me impede de apanhar o metro todos os dias também", disse, apontando que desde os ataques "tinha que descer na estação de Arts-Loi, porque a estação de Maelbeek estava fechada", mas hoje pode "voltar a descer em Maelbeek".
Momento particular e simbólico
Para a assessora de imprensa da STIB - empresa gestora da rede de transportes públicos de Bruxelas -, o dia de hoje é "um momento particular" e "simbólico" precisamente por permitir que as pessoas retomem a sua vida normal.
"É um momento um pouco particular, tanto para o pessoal da STIB como para todos os viajantes, porque é o primeiro dia que a estação de metro de Maelbeek reabre aos passageiros, pelo que é também um momento simbólico, um pouco mais de um mês depois dos atentados. Mas tudo decorre da melhor forma possível", disse Cindy Arents à Lusa, apontando que "a afluência é a de um dia normal", como antes dos atentados.
Sublinhando que "a STIB foi fortemente atingida pelos atentados", pois o seu pessoal foi diretamente afetado, e todos se sentiram atingidos, Arents comentou que "o facto de poder reabrir a estação, reabrir de novo todas as estações e serviços aos viajantes, representa um momento particular" e um virar de página.
"Agora há que continuar. Continuar a viver, continuar a oferecer transportes públicos aos viajantes, ajudá-los a deslocarem-se, continuar a mexer, mostrar que estamos lá sempre para eles", concluiu, diante do 'mural da memória' provisoriamente instalado no átrio da estação, e onde no domingo, numa cerimónia privada, sobreviventes e familiares de vítimas deixaram mensagens escritas de homenagem àqueles que perderam a vida.
As obras de reconstrução da estação de Maelbeek, avaliadas em cerca de 100 mil euros, decorreram ao longo do último mês, estando já em curso um projeto de uma obra de arte para assinalar a tragédia, que deverá estar pronta no verão, e que foi confiada ao artista Benoît van Innis, o mesmo autor das obras em azulejo que decoravam a estação de Maelbeek, e que também sofreram danos.
A 22 de março passado, às 09h11 (08h11 de Lisboa), cerca de uma hora depois do duplo atentado suicida no aeroporto internacional de Bruxelas-Zaventem, um outro 'jihadista' fez-se explodir numa carruagem de metro na estação de Maelbeek, provocando 16 mortos e dezenas de feridos.
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