Bilhetes suicidas e automutilação: A dificuldade de viver com alguém que quer morrer
Ella era apenas uma criança quando começou a sofrer com algumas doenças.
Tudo começou em 2019, quando Ella era apenas uma criança e foi diagnosticada com a doença de Crohn. Contudo, já sofria de anorexia e TOC, avança o Dailymail.
De acordo com a mesma fonte, os pais de Ella tentaram encontrar um tratamento, mas antes de conseguirem, a pandemia chegou e com isso mais problemas para a jovem. Os pais referem que a filha começou constantemente a lavar as mãos e depois deixou gradualmente de comer. Foi também submetida a uma cirurgia, o que lhe causou traumas e dores. Mais tarde, referiu que preferia morrer porque estava a sofrer.
Segundo o jornal, os psicólogos sabiam que a jovem tinha pensamentos suicidas, mas a informação não foi dita aos pais.
Já em 2021, quando Ella tinha 16 anos, sofreu um esgotamento nervoso. Os pais, nessa altura, encontraram várias cartas de suicídio que a filha tinha escrito. Algumas diziam que a filha não queria viver e outras, mais dirigidas à família, referiam que os amava, mas que estava triste e a melhor coisa a fazer seria deixá-los.
Também encontraram lâminas escondidas no quarto, o que mostra que Ella se automutilava. Os pais acabaram por esconder todos as tesouras, facas e outros objetos afiados para proteger a filha.
A mãe de Ella explica que quando se tem um filho com uma doença mental "vive-se o momento, o dia a dia".
"O impacto de uma criança suicida é devastador para toda a família, sobretudo porque não sabemos como os apoiar", acrescenta.
Ella tem agora 18 anos e está estável. Está também em remissão da doença de Crohn e da anorexia, tendo recuperado totalmente o peso. Desistiu da automutilação e planeia trabalhar no Serviço Nacional de Saúde, uma vez que, foi muito ajudada pelos médicos.
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