Bolo-rei já simboliza Natal em Angola com toque especial de ser feito por angolanos

Com 226 colaboradores angolanos, a fábrica, onde o cheiro no ar desperta para a época festiva, programa-se para responder à procura que tem vindo a aumentar de ano para ano.

20 de dezembro de 2025 às 10:03
Bolo-rei já simboliza Natal em Angola Foto: Ampe Rogério/Lusa
Bolo-rei já simboliza Natal em Angola Foto: Ampe Rogério/Lusa
Bolo-rei já simboliza Natal em Angola Foto: Ampe Rogério/Lusa
Bolo-rei já simboliza Natal em Angola Foto: Ampe Rogério/Lusa
Bolo-rei já simboliza Natal em Angola Foto: Ampe Rogério/Lusa
Bolo-rei já simboliza Natal em Angola Foto: Ampe Rogério/Lusa

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O bolo-rei, originário da doçaria portuguesa, é já uma tradição em Angola, onde a iguaria ganha "um toque especial" por ser feito por angolanos, diz à Lusa o diretor do principal confecionador e distribuidor deste produto no país.

David Miranda, diretor da indústria de padaria e pastelaria do grupo United Investimentos, localizada no município de Viana, arredores de Luanda, refere que já há alguns anos disponibilizam para o mercado uma gama de Natal, composta por bolo-rei, bolo-rainha, bolo-rei escangalhado e bolo-rei de chocolate.

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Com 226 colaboradores angolanos, a fábrica, onde o cheiro no ar desperta para a época festiva, programa-se para responder à procura que tem vindo a aumentar de ano para ano.

"Aqui em Angola já não há Natal sem bolo-rei, já há alguns anos, desde que estamos presentes no mercado", afirma David Miranda, lembrando que no ano passado chegaram perto dos 20 mil bolos em toda a gama de Natal consumida entre dezembro e janeiro, algo raro de se ver em pastelarias e supermercados ao longo do ano.

Para 2025, estão à espera de aumentar um pouco mais a oferta, chegando a quase 23 mil unidades, agora que estão presentes, comparativamente a 2024, em mais operadores a retalho.

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O trabalho decorre 24 horas por dia o ano inteiro e quando chega dezembro "é só uma questão de organização e planeamento", para se produzirem as encomendas, feitas "sempre com quatro dias de antecedência", para dar margem de se programarem da melhor maneira.

A matéria-prima, para confecionarem os bolos é 90% local, com alguma necessidade apenas de importar as frutas cristalizadas e frutos secos, indisponíveis no mercado, mas para o resto o grupo já tem uma empresa que faz essa produção.

O processo é longo, mas dinâmico, passando pela preparação da massa, levedação, decoração, uma área onde impera o toque feminino pela sua sensibilidade, diz David Miranda, seguindo depois para o forno e, por último, para o empacotamento e etiquetagem.

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Sem mãos a medir, os colaboradores, maioritariamente homens, circulam entre as várias áreas da fábrica para entregar esta iguaria - cujo nome surgiu em homenagem aos reis magos -, às redes de supermercados, em Luanda e nas províncias.

"No caso das províncias, não somos nós que fornecemos diretamente, mas oferecemos via alguns dos nossos clientes, entregamos nos centros de logística deles e eles fazem chegar às províncias, mas já estamos presentes em todo o mercado", regozija-se David Miranda.

Segundo o responsável, há uma imagem positiva da marca, pelos produtos sempre frescos.

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A receita deste bolo, uma presença já habitual na mesa dos angolanos no Natal, "é exatamente a mesma coisa, é igual em todo o lado", diz, seja em Portugal, seja em Angola, destacando que há cerca de dois anos foi introduzida na gama de Natal, a novidade do bolo-rei de chocolate, que teve "uma aceitação muito grande", prevendo para este ano uma maior produção deste tipo de bolo.

"O único toque especial, é que é feito pelos nossos colaboradores, que têm a formação e que se dedicam todos os dias à produção desse produto", disse.

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