Bolsonaro volta a ameaçar enviar militares para as ruas para travar medidas anti-Covid
Presidente diz que pode invocar Constituição.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou a ameaçar usar as Forças Armadas para pôr fim às restrições adotadas pelos governadores contra a Covid. Bolsonaro diz estar amparado no artigo quinto da Constituição, que garante as liberdades individuais.
“Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. O nosso Exército, as nossas Forças Armadas, se precisar, nós iremos para as ruas. Mas não para manter o povo dentro de casa. As nossas Forças Armadas podem ir um dia para a rua, sim, fazer cumprir o artigo 5, o direito de ir e vir, acabar com essa covardia do toque de recolher, garantir o direito ao trabalho, a liberdade de culto, fazer cumprir tudo o que está a ser descumprido por alguns poucos governadores e prefeitos”, disse Bolsonaro em entrevista a uma TV de Manaus.
Há três semanas, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa e os comandantes dos três ramos das Forças Armadas por não apoiarem os seus planos de intervenção militar. As trocas, no entanto, parecem não ter surtido efeito, porque, à exceção do ministro da Defesa, Braga Neto, os outros generais não se mostram muito dispostos ao uso político das tropas.
Verbas para o Ambiente reduzidas
Contradizendo a promessa feita um dia antes durante a cimeira de líderes mundiais sobre o clima, de que iria duplicar as verbas para a fiscalização ambiental no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro ordenou sexta-feira o corte de 36,9 milhões de euros no orçamento do Ministério do Ambiente. Alegando ter de cumprir as metas fiscais, Bolsonaro cortou verbas destinadas à prevenção de incêndios e apoio a projetos de preservação.
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