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Joe Biden promete reduzir emissões poluentes dos EUA para metade até 2030

Presidente dos EUA organizou a conferência e marcou bem a diferença em relação a Trump ao definir metas ambiciosas.

23 de abril de 2021 às 08:28

Joe Biden prometeu esta quinta-feira reduzir as emissões poluentes dos EUA para metade até 2030. A promessa do presidente norte-americano vinca bem o regresso dos EUA à luta pela preservação do clima, depois de Donald Trump ter retirado os EUA de todos os acordos climáticos.

“Os cientistas dizem que esta é uma década decisiva em que temos de tomar decisões que evitem as piores consequências da crise climática”, afirmou Biden, organizador da cimeira virtual sobre o clima que reuniu 40 líderes mundiais e na qual a China se comprometeu igualmente a cortar as emissões de gases com efeito de estufa do maior poluidor mundial.

Biden frisou que o objetivo do seu governo é um corte de 50% a 52% nas emissões poluentes. “Aceitemos o desafio e ganhemos a corrida para um futuro mais sustentável. É um imperativo moral e económico”, disse ainda.

Por seu lado, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu reduzir o consumo de carvão da China no período entre 2026 e 2030. A promessa surgiu depois de o regulador energético chinês anunciar que visa este ano cortar para menos de 56% do total a fatia de utilização de carvão na produção elétrica.

Vários outros países fizeram promessas ambiciosas, definindo metas para um possível novo acordo internacional no COP26, a cimeira da ONU sobre o clima de novembro, em Glasgow. Yoshihide Suga, PM japonês, prometeu um corte de 46% nas emissões poluentes até 2030 e o Canadá comprometeu-se com uma meta idêntica.

As tensões políticas têm ficado de fora da reunião, mas surgiram em mensagens paralelas. No caso da China, a mensagem foi passada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu. Em conferência de imprensa, frisou que Pequim não aceitará que as alterações climáticas sejam usadas como moeda de troca em lutas geoestratégicas.

Passando por alto a desflorestação da Amazónia, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que o seu país está “na linha da frente” da defesa do clima e contribui somente com cerca de 3% anuais das emissões poluentes globais.

Macron ‘silenciado’

O discurso de Emmanuel Macron foi cortado por Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, que passou a palavra ao líder russo, Vladimir Putin, deixando-o confuso com a situação. Na verdade, o discurso de Macron era gravado e foi depois transmitido na íntegra.

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