Brasil reitera apoio a Guaidó

Bolsonaro louvou patriotismo do líder opositor e garante que Maduro está quase isolado.

02 de maio de 2019 às 01:30
Juan Guaidó rodeado de apoiantes em Caracas Foto: Reuters
Juan Guaidó rodeado de apoiantes em Caracas Foto: Reuters
Juan Guaidó rodeado de apoiantes em Caracas Foto: Reuters
Juan Guaidó rodeado de apoiantes em Caracas Foto: Reuters

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A violência da repressão dos protestos de terça-feira em Caracas e outras cidades da Venezuela fez triplicar o número de venezuelanos em fuga para o Brasil.

Num só dia, cerca de 900 venezuelanos passaram a fronteira brasileira a pé, bem acima dos habituais 250 a 300 que diariamente procuram no país vizinho uma perspetiva de futuro que o regime venezuelano lhes nega.

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Entretanto, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, manifestou apoio a Guaidó. "Não há derrota", afirmou, acrescentando: "Louvo e admiro o espírito patriótico e democrático que Guaidó tem mostrado na defesa da liberdade."

Apesar disso, o presidente brasileiro reitera que uma intervenção militar brasileira não é provável, e reconheceu mesmo, implicitamente, que um eventual conflito com o país vizinho poderia não ter bons resultados para o Brasil.

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Bolsonaro disse que o seu país "está fraco" de armamento, reconhecendo que poderia ser facilmente derrotado pela Venezuela, país que está fortemente armado graças ao apoio da Rússia e da China.

O presidente brasileiro reforçou, apesar disso, a versão dos factos do líder opositor venezuelano e garantiu que o apoio militar a Maduro está a diminuir: "A informação que temos é que há fraturas que estão a chegar cada vez mais perto da liderança das Forças Armadas venezuelanas."

Bolsonaro fala de ação armada

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A crise na Venezuela criou um novo atrito entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que desmentiu o chefe de Estado sobre quem poderia autorizar uma intervenção brasileira no país vizinho.

Bolsonaro, apesar de afirmar que a possibilidade do envio de tropas do Brasil para ajudar o opositor Juan Guaidó é praticamente zero, adiantou que a decisão é exclusivamente sua.

Maia corrigiu, afirmando que só o parlamento pode declarar guerra a outro país.

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