Presidente venezuelano garantiu que “a tentativa de golpe de Estado” foi derrotada.
Confrontos na Venezuela provocam um morto e mais de 90 feridos
Um dia depois do levantamento de milhares de apoiantes da oposição contra o regime venezuelano, que lançou Caracas num clima de verdadeira guerra civil, o presidente Nicolás Maduro garantiu esta quarta-feira que "a tentativa de golpe" de Estado do líder opositor Juan Guaidó foi totalmente derrotada.
O autodesignado presidente interino desmente esta versão e reiterou o desafio a Maduro apelando a novos protestos nas ruas.
Em alocução na TV, durante a qual se fez acompanhar dos principais comandantes militares, Maduro acusou os manifestantes "de crimes graves" e garantiu que "não vão ficar sem a devida punição".
O líder venezuelano acusou ainda os EUA de apoiarem o golpe e desmentiu que tenha planos preparados para fugir para Cuba, como afirmou na terça-feira o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.
"Tinham um avião pronto na pista do aeroporto", afirmou Pompeo, garantindo que Maduro "estava pronto para fugir" e só não o fez porque "a Rússia lhe disse para ficar".
Num novo desafio ao presidente, Guaidó publicou ontem um vídeo no qual surge, ele também, junto de militares, para garantir que tem agora o apoio "dos corajosos soldados" em Caracas.
Contudo, nas ruas da capital os protestos da oposição foram reprimidos com violência pelas forças de segurança e a repetição dos protestos ameaçam precipitar um banho de sangue.
Apesar disso, Guaidó repetiu o apelo à mobilização. "Peço a toda a Venezuela, e sei que demos muito, até a vida. Mas enquanto mantivermos a pressão estaremos mais perto", disse, frisando: "Estamos no caminho certo. Hoje não há volta atrás."
Quando, ao início da tarde (noite em Portugal) milhares de manifestantes responderam ao apelo e começaram a concentrar-se de novo em Caracas, Guaidó manifestou otimismo.
"Se o regime pensava que tínhamos já atingido a pressão máxima estão bem longe de imaginar o que podemos fazer", afirmou Guaidó ante os apoiantes reunidos no Leste da capital venezuelana.
O líder opositor revelou que vai analisar propostas dos funcionários públicos para realização de paralisações parciais que desemboquem numa greve geral contra Maduro.
Possível intervenção militar desmentida
O Pentágono garantiu ontem que não estão em curso preparativos para uma intervenção militar na Venezuela, apesar de o secretário de Estado, Mike Pompeo, ter assegurado que essa é uma possibilidade em cima da mesa.
SAIBA MAIS
2010
Em junho o presidente Hugo Chávez declarou o estado de "guerra económica" contra a crise no país, agravada pela queda acentuada dos preços do petróleo em 2009.
Maduro vence eleições
Após a morte de Chávez, em 2013, Nicolás Maduro acede à presidência depois de derrotar o opositor Henrique Capriles por somente 235 mil votos.
Parlamento sem poderes
Em março de 2017 o Supremo Tribunal assumiu os poderes da Assembleia Nacional, que desde as eleições de 2015 era dominada pela oposição. O ataque ao Parlamento democraticamente eleito causou protestos de que resultaram dezenas de mortos.
Mudar Constituição
Em maio de 2017, Maduro defendeu a criação de uma Assembleia Constituinte para reformar a Constituição e reforçar os seus poderes, aprofundando a crise democrática.
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