Brasil sofreu o maior abalo sísmico da sua história e ninguém se apercebeu

Terramoto de magnitude de 6.6 na Escala de Richter foi registado na região de Parauacá, no estado do Acre em pleno coração da floresta amazónica.

23 de janeiro de 2024 às 19:03
Sismo xxx Foto: Direitos Reservados
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O Brasil sofreu no passado sábado o maior abalo sísmico da sua história e ninguém percebeu. Não houve vítimas nem estragos materiais a registar.

Apenas equipamentos de monitorização sismológica como o do Serviço Geológico dos Estados Unidos, USGS, detetaram o tremor e deram o alarme.

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De acordo com o órgão norte-americano, o tremor treve magnitude de 6.6 na Escala de Richter, o suficiente normalmente para provocar grandes danos e, dependendo da região atingida, muitas vítimas, e ocorreu às 16h31 locais, 21h31 em Lisboa, na região de Parauacá, no estado do Acre, extremo norte do Brasil, em pleno coração da floresta amazónica.

O forte tremor aconteceu a 614,5 quilómetros de profundidade, diz o USGS, tão distante da superfície terrestre que ninguém teria como sentir fosse o que fosse, pois a gigantesca quantidade de energia que o abalo libertou dissipou-se ao longo dessa distância.

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Além do mais, ainda de acordo com os geólogos dos Estados Unidos, a região do epicentro do sismo é uma área remota desabitada, muito longe de qualquer centro urbano. Tanto que um outro tremor de terra quase da mesma intensidade, nessa altura de magnitude 6.5, aconteceu no dia 7 de junho do ano passado e também ninguém deu por ele.

De acordo com geólogos brasileiros, o Brasil é atingido diariamente por abalos sísmicos, mas são tão fracos que geralmente ou não são sentidos ou não provocam mais do que sustos, e costumam acontecer em áreas remotas, longe de grandes centros populacionais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte ou Brasília.

Alguns mais fortes, muito raros, atingem pouco mais de 2, 3 graus na Escala de Richter, como já ocorreu em regiões pouco habitadas nos estados de Minas Gerais e do Ceará.

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