Bruxelas quer regras nas vendas online da China

Produtos vendidos na net oferecem riscos sérios para os consumidores.

24 de julho de 2025 às 01:30
Site de vendas online Temu Foto: Direitos Reservados
Shein Foto: Reuters

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Impermeáveis para crianças feitos com materiais tóxicos, óculos de sol sem proteção contra raios Ultra-Violeta e chupetas com peças que se soltam facilmente e provocam risco de asfixia. São alguns dos produtos vendidos em plataformas de comércio eletrónico chinesas – como a Shein e a Temu – agora sob a mira de um grupo de eurodeputados. Em declarações ao jornal britânico ‘The Guardian’, Michael McGrath, comissário europeu responsável pela Democracia, Justiça, Estado de Direito e Defesa do Consumidor disse-se “chocado” com os riscos que os consumidores europeus estão a correr e alertou que é preciso “uma resposta firme por parte das instituições europeias”. Disse ainda que a Comissão Europeia está disposta a agir contra a venda de produtos que não cumpram a legislação da União Europeia, aguardando-se neste momento os resultados de uma investigação destinada a recolher provas de incumprimento.

“Temos o dever de proteger os consumidores europeus, mas não só”, declarou McGrath. “Existe também a questão da concorrência para as empresas europeias, que se espera que compitam com vendedores que não cumprem as regras”, acrescentou o comissário.

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As declarações surgem dois meses após Bruxelas ter anunciado a imposição de uma taxa fixa de dois euros sobre encomendas de valor inferior a 150 euros efetuadas em lojas chinesas online. A União Europeia, que tem estas plataformas na mira, estima que cerca de 12 milhões de encomendas provenientes da China entrem diariamente no espaço europeu, o que só em 2024 se traduziu em mais de 4,6 mil milhões de envios.

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