Caixas de acrílico e distâncias de segurança: as soluções dos italianos para regressarem à praia

Há ainda quem sugira o estabelecimento de horários ao longo do dia para pessoas frágeis, como idosos. 

22 de abril de 2020 às 16:16
Caixas de acrílico e distâncias de segurança: as soluções dos italianos para regressarem à praia Foto: Direitos Reservados / Nuova Neon Group 2
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A dois meses do verão e ainda com tanto por saber sobre o novo coronavírus, um pouco por todo o Mundo as pessoas questionam-se se na próxima estação poderão (ou não) ir à praia, uma vez que nem o "regresso" às rotinas está garantido.

A ida aos supermercados pode ser faseada em grupos, ir ao cabeleireiro também... mas como se organizam as pessoas nas praias pelo Mundo fora? As opiniões dos especialistas dividem-se.

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Grande parte dos governantes, incluindo os Portugal, acreditam que até haver vacinas para combater à covid-19, não haverá condições para ajuntamentos. No entanto, em Itália, um dos países mais afetados pelo coronavírus, já se pensa na época balnear de 2020 e nas férias de verão.

De forma a manter a distância entre os veraneantes e evitar os grandes aglomerados, começam já a surgir novas formas dos italianos se protegerem uns dos outros em pleno areal.

Segundo a Forbes Itália, algumas pessoas imaginam um sistema de reservas na praia, com dispositivos de proteção, como máscaras e luvas para os trabalhadores do areal. 

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Há também outra opção "original" que se começa a desenhar no horizonte das praias italianas: telas de acrílico para dividir a areia e garantir as distâncias de segurança entre os banhistas.

Numa publicação da Sky News, a empresa de manufatura italiana Nuova Neon Group 2 revelou o design para caixas de acrílico que podem ser usadas na praia para quem se preocupa com a Covid-19, mas quer também aproveitar o dia de praia.

As caixas transparentes de 4,5 metros quadrados, com 2 metros de altura, foram apontadas como a resposta para um verão mais tranquilo. O

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 interior tem espaço suficiente para duas espreguiçadeiras e um guarda-sol, bem como para qualquer criança brincar.

A opção foi já, no entanto, rejeitada pelos gerentes das praias: "Com as 

Simone Battistoni, presidente regional do sindicato dos operadores de praia, sublinha a necessidade do distanciamento social para a abertura de restaurante e espaços adjacentes à praia, reforçando que a reorganização dos espaços vai ser "cuidadosamente pensada".

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A federação de empreendedores de praia sugeriu a introdução de sistemas obrigatórios de reserva e higienização periódica da areia. A proposta inclui ainda uma distância entre os guarda-sóis de 14 a 16 metros quadrados e uma opção para guarda-sóis familiares para três a quatro pessoas, com a obrigação do uso de máscara protetora no caso de afastamento do local. Há ainda quem sugira o estabelecimento de horários ao longo do dia para pessoas frágeis, como idosos. Em relação aos resorts, estes deverão seguir a mesma lógica das praias. 

"Estamos a trabalhar para que seja possível ir à praia neste verão"

O governo italiano confirmou que o bloqueio no país vai durar até 3 de maio, com o início de uma "fase dois".

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"Estamos a trabalhar para que seja possível ir à praia neste verão", afirmou o subsecretário do Ministério da Cultura Lorenza Bonaccorsi. Mais uma vez, e como tem sido recorrente noutros país, a esperança está depositada na estação quente, com o aumento da temperatura e a vida ao ar livre, fatores que poderão contribuir para enfraquecem o vírus.

As medidas de segurança específicas ainda não foram confirmadas.

Segundo o epidemiologista italiano Luigi Lo Palco, as praias poderão ser organizadas 

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"por meio de formas locais de turismo e garantindo a manutenção de uma distância segura". Os bares e esplanadas deverão ter, no entanto, um limite de clientes.

"O nosso objetivo é a segurança em primeiro lugar: a nossa, a dos nossos trabalhadores e a dos nossos clientes", relembrou Fabrizio Licordari, presidente da Assobalneari, a associação que reúne empresários de praia da Federturismo Confindustria, a federação de empresas de turismo. 

Itália está a trabalhar na segunda fase da emergência, numa tentativa de recuperação da economia e reabertura das empresas.

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