Carne de marmota com peste bubónica mata rapaz na Mongólia
Quinze pessoas que contactaram com o jovem foram colocadas em isolamento.
Um rapaz de 15 anos morreu, domingo, na Mongólia, depois de ter comida carne de marmota infectada com peste bubónica.
Testes de reação em cadeia da polimerase (PCR), realizados na segunda-feira, confirmaram que o jovem contraiu a doença ao comer o animal que antes tinha caçado.
Quinze pessoas que contactaram com o rapaz foram isoladas, mas nenhuma ficou infetada.
As autoridades sanitárias locais impuseram, até sábado, medidas de quarentena no distrito de Tugrug, província de Gobi-Altai, avançou Dorj Narangerel, porta-voz do ministério da saúde do país.
No início de Julho, duas outras pessoas testaram positivo para a peste bubónica na província russa de Khovd, que faz fronteira com Gobi-Altai.
Autoridades do ministério da agricultura da Rússia aletrtaram os cidadãos daquela região para não caçarem nem comerem carne de marmota, e estarem prevenidos contra as picadas de insetos.
Os roedores como os ratos e as marmotas, são o principal vetor de transmissão da peste de animais para humanos, mas a doença também pode ser transmitida através de picadas de pulgas ou de pessoa para pessoa.
A peste bubónica, também conhecida como Peste Negra, matou cerca de 50 milhões de pessoas na Europa durante a Idade Média, correspondente, à altura, a um terço da população do Velho Continente.
Os modernos antibióticos desenvolvidos no século XX podem evitar complicações de saúde, e mesmo a morte, desde que administrados com rapidez. Linfonodos e inchaços dolorosos, além de febre, calafrios e tosse, são alguns dos sintomas associados à doença.
Em 2019, um casal mongoliano morreu depois de comer rins crus de marmot, espolentando uma quarentena que afetou vários turistas que visitavam o país. Na última semana, no Estados Unidos, um esquilo testou positivo para a peste bubónica no Colorado.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que mil a 2.000 pessoas sejam infectadas pela doença todos os anos. Face aos casos registados, a OMS já categorizou a peste bubónica como uma doença reemergente.
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