Carne de marmota com peste bubónica mata rapaz na Mongólia

Quinze pessoas que contactaram com o jovem foram colocadas em isolamento.

16 de julho de 2020 às 14:35
17-11-2015_22_38_51 ml marmota.jpg Foto: DR
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Um rapaz de 15 anos morreu, domingo, na Mongólia, depois de ter comida carne de marmota infectada com peste bubónica.

Testes de reação em cadeia da polimerase (PCR), realizados na segunda-feira, confirmaram que o jovem contraiu a doença ao comer o animal que antes tinha caçado.

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Quinze pessoas que contactaram com o rapaz foram isoladas, mas nenhuma ficou infetada.

As autoridades sanitárias locais impuseram, até sábado, medidas de quarentena no distrito de Tugrug, província de Gobi-Altai, avançou Dorj Narangerel, porta-voz do ministério da saúde do país.

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No início de Julho, duas outras pessoas testaram positivo para a peste bubónica na província russa de Khovd, que faz fronteira com Gobi-Altai.

Autoridades do ministério da agricultura da Rússia aletrtaram os cidadãos daquela região para não caçarem nem comerem carne de marmota, e estarem prevenidos contra as picadas de insetos.

Os roedores como os ratos e as marmotas, são o principal vetor de transmissão da peste de animais para humanos, mas a doença também pode ser transmitida através de picadas de pulgas ou de pessoa para pessoa.

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A peste bubónica, também conhecida como Peste Negra, matou cerca de 50 milhões de pessoas na Europa durante a Idade Média, correspondente, à altura, a um terço da população do Velho Continente.

Os modernos antibióticos desenvolvidos no século XX podem evitar complicações de saúde, e mesmo a morte, desde que administrados com rapidez. Linfonodos e inchaços dolorosos, além de febre, calafrios e tosse, são alguns dos sintomas associados à doença.

Em 2019, um casal mongoliano morreu depois de comer rins crus de marmot, espolentando uma quarentena que afetou vários turistas que visitavam o país. Na última semana, no Estados Unidos, um esquilo testou positivo para a peste bubónica no Colorado.

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que mil a 2.000 pessoas sejam infectadas pela doença todos os anos. Face aos casos registados, a OMS já categorizou a peste bubónica como uma doença reemergente.

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