Dezenas de mortos em rixa entre adeptos e polícia
Claque do Zamalek tentou forçar entrada num estádio.
Dezenas de pessoas morreram este domingo no Cairo, Egito, em confrontos que envolveram a polícia e adeptos do clube de futebol Zamalek, avança a estação noticiosa Al-Jazeera.
Números divulgados pelo Ministério Público dão conta de 22 mortos. Já o jornal egípcio Al-Ahram garante que são pelo menos 30 vítimas mortais, citando fontes médicas.
Os confrontos ocorreram no primeiro encontro do campeonato egípcio aberto ao público depois de 2012, quando os estádios foram fechados ao público após 74 pessoas terem morrido durante um jogo de futebol.
De acordo com um governante egípcio, citado pela Agência France Presse, os confrontos começaram à porta de um estádio, situado na zona nordeste da cidade, depois de alguns adeptos terem tentado forçar a entrada no local para assistirem à partida.
Reabertura sangrenta dos estádios
O jogo entre o Zamalek e o Enbu decorreu com as bancadas ocupadas e não à porta fechada, como tem vindo a acontecer desde 2012, desde os episódios de violência ocorridos num estádio de Port-Saïd.
O ministro do Interior, no entanto, limitou o número de adeptos autorizados a entrar no estádio a 10 mil, e os bilhetes esgotaram rapidamente. Os adeptos que fazem parte do grupo Ultra White Knights, desprovidos de bilhete, tentaram forçar a entrada no estádio para poderem assistir ao jogo, disse a polícia.
Os agentes da polícia usaram gás lacrimogéneo para dispersar os adeptos, que, de acordo com a polícia e testemunhas, lançaram 'verylights'. Devido a estes confrontos, o jogo começou com meia hora de atraso.
Zamalek orientado por Jesualdo Ferreira
Em dezembro, as autoridades egípcias decidiram autorizar o regresso, em número limitado, de espetadores a alguns jogos do campeonato da primeira divisão de futebol.
Em fevereiro de 2012, em Port-Saïd, num jogo entre o clube local Al-Masry e o Al-Ahly, adeptos do Al-Masry atacaram apoiantes da equipa adversária, provocando violentos confrontos que fizeram 74 mortos e centenas de feridos.
O treinador português Jesualdo Ferreira assinou esta semana pelo Zamalek, onde substituiu um outro português, Jaime Pacheco.
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